segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Tchau Mano, e Agora?

O anúncio da demissão do técnico da Seleção Brasileira, reprovado por boa parte da imprensa e dos torcedores, incluindo apenas uma ponta de esperança da parte deste que escreve, leva a um questionamento, no mínimo, preocupante: quem é o melhor substituto? Os técnicos brasileiros mais cotados para o cargo, segundo a imprensa e a manifestação de torcedores em sites e blogs internet afora, são: Muricy Ramalho, Felipão e Tite. Não necessariamente nessa ordem.
Muricy Ramalho, particularmente, nunca teve 100% da minha aprovação pelo estilo retranqueiro, que não deveria combinar com o futebol que a Seleção deveria apresentar em campo. Atualmente, apresenta um trabalho bastante questionável no Santos, cujo time depende de um jogador. Além, é claro, do baile que tomou do Barcelona no mundial ter mostrado que ele não soube como encarar o problema. Porém, o histórico dele com equipes com grandes jogadores, como Inter e São Paulo, além de sua seriedade e liderança contam pontos a favor.
Felipão tem um estilo parecido com o Muricy (ou vice versa) e é apreciado por muitos por ter sido o técnico do penta. Não se pode esquecer, porém, que Ronaldo e Rivaldo voaram baixo naquela copa, em que até Ronaldinho Gaúcho teve momentos de brilho com a amarelinha, quando a situação estava difícil diante da Inglaterra. No futebol moderno, afinal já se passaram dez anos, o histórico de Luiz Felipe Scolari não é dos melhores, dada suapassagem pelo Chelsea e agora com o rebaixamento do Palmeiras para a segunda divisão do Brasileirão. 
Tite tem um estilo muito parecido com o do Mano Menezes e, ao meu ver, seria trocar seis por meia dúzia, pois os resultados que ele obteve com o Corinthians foram resultado de anos de trabalho, o que talvez não dê tempo até 2014. Por ter um estilo parecido com o do atual técnico da canarinho, talvez consiga dar continuidade ao trabalho, aproveitando o que ficou de bom a seu favor. A decisão da CBF de apresentar o novo nome apenas em Janeiro nos leva a pensar que estão esperando Tite finalizar o seu compromisso com o Mundial do Corinthians.
No meio da briga, surge como uma remota possibilidade o nome de Pepe Guardiola, ex-técnico do melhor time do mundo, que já declarou mais de uma vez estar aberto a ser técnico da nossa Seleção. Seria perfeito para o intuito de se retomar o jogo de toque de bola envolvente que um dia já brilhou no futebol brasileiro e foi incorporado pela Espanha de maneira brilhante. Porém, há os que acham improvável e que "pega mal" ter um técnico estrangeiro no mundial em nosso país. Mas não seria interessante ter um estrangeiro em meio a tantas suspeitas de manobras de cartolas para valorização de jogadores? Ter alguém de cultura diferente da nossa não poderia inibir esse tipo de iniciativas pelo menos até o mundial em 2014? Certamente, representaria ganhos inestimáveis para o futebol da nossa seleção, que precisa urgentemente ser ressuscitado.

sábado, 17 de novembro de 2012

Desfrutemos

Os mais antigos lembram com saudosismo da chamada "era romântica" do futebol: formações ofensivas (4-2-4, 3-4-3...), jogo menos físico, mais técnico, sem tanta rigidez tática, etc. Nesses tempos, eram comuns placares recheados de gols, mais ou menos como as peladas de final de semana que todo bom brasileiro gosta de jogar.

 A vida era dura, hein goleirão?

Equipes míticas como o Santos de Pelé, o Real Madrid de Di Stéfano, eram verdadeiras artilharias pesadas nas décadas de 50 e 60. O maior artilheiro em uma única edição de Copa do Mundo, o francês Just Fontaine, marcou 13 vezes em 6 jogos (!!!) em 1958. Kocsis, superado por Fontaine, havia anotado 11 gols em 1954. A Copa de 54 ainda brindou um 7x5 da Áustria na Suiça (até hoje o jogo com maior número de gols em mundiais) e um 4x4 entre Inglaterra e Bélgica. Desnecessário dizer que esse foi o mundial com a maior média de gols na história (5,38 gols / partida).
 
Bom, aí o futebol "evoluiu" e a farra de gols tirou férias. A preparação física e tática passa a ter uma importância cada vez maior. Goleiros com menos de 1,90m e beques franzinos são cada vez mais raros. Meio-de-campo que não marca, não tem vez. Centro-avante tem que ter porte físico para aguentar os "trancos" dos zagueiros.
O mundial de 90 assumiu a "honra" de ser a Copa com menor média de gols da história (2,21). De 1978 a 2010, o único artilheiro de um mundial com mais de 6 gols foi Ronaldo, em 2002. A Espanha, justa campeã de 2010, é a seleção campeã com menos gols marcados na história (8). A Suíça, em 2006, conseguiu a proeza de ser eliminada da Copa sem sofrer gols. 
 
Pega! Pega!
 
De repente, eis que surge um tal de Messi. Divergindo do biotipo de "jogador ideal", contrariando a tese de que são necessários muitos anos para ser o maior artilheiro de um clube histórico (apenas 25 anos de idade), pulverizando recordes de ninguém menos que Pelé. As cifras de Messi transcedem as cifras da era romântica do futebol.
Na temporada passada já foram incríveis 50 gols na liga espanhola. Com os dois anotados hoje contra o Zaragoza, já são 77 gols em 2012. Nesse quesito, resta apenas Gerd Müller a sua frente, que anotou 85 tentos em 1972.
 
Os ranzinzas podem falar que ele não venceu um mundial. Os exigentes, afirmar que ele só joga com a perna esquerda. Os patriotas podem falar que sem 1281 gols ele não pode ser comparado a Pelé. Os xenófobos podem dizer que ele é "argentino". O fato é que não estamos diante de um fenômeno normal.  Dia após dia, uma página nova na história do futebol é escrita de forma indelével por Lionel Messi.
 
Deixemos o saudosismo no passado e as comparações para o final dessa história. Desfrutemos da era Messi.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Brasil e Colômbia - Apenas um Empate

Apesar do bom jogo do Brasil, com muitas chances criadas e possibilidade de ter vencido o jogo, ficou claro alguns erros que o técnico da Seleção vem cometendo:  convocações duvidosas e escalações equivocadas. A convocação duvidosa da vez foi Thiago Neves, que já não vinha jogando bem no Fluminense há muito tempo e, mesmo assim, entrou como titular e permanceu em campo até o segundo tempo. Vale a teoria da valorização? Quanto à escalação, ter colocado Leandro Castán como lateral esquerdo, tendo Adriano e Fábio Santos no banco.
No mais, dentre os pontos positivos, podemos destacar que o miolo do setor defensivo da seleção já está bem definida e espero que possa ser mantida essa base até o mundial de 2014: Thiago Silva, David Luiz, Paulinho e Ramires. As laterais também já tem bons nomes, faltando talvez um bom nome para a reserva da lateral direita. 
Neymar comemora do golaço (fonte: globoesporte.com)
Do meio pra frente, ainda falta definir as coisas. Particularmente, ainda não estou convencido do modo de jogar sem centroavante. No Barcelona, o sistema funciona, mas isso foi trabalhado diariamente ao longo de anos. Tentar colocar isso numa seleção que ainda não está definida e que joga junto esporadicamente é um tanto quanto arriscado. Ter uma referência na área poderia até ajudar a liberar um pouco a marcação em cima de Neymar.
A volta de Kaká ajudou a dar um equilíbrio ao setor de criação e, se continuar jogando bem até a Copa, não vejo nenhum jogador em condições de tirar a vaga dele. Lucas é um excelente jogador, mas poderia tentar levantar um pouco mais a cabeça, que o ajudaria a ser excepcional. 
Falando do ponto de vista de hoje, a minha esperança para a copa reside em Oscar. O cara joga muito, foi para a Europa no momento certo e, se não houver alguma pedra no meio do caminho, chegará voando em 2014. Paulo Henrique Ganso vai ter que jogar muita bola em 2013 para tentar recuperar o tempo perdido entre lesões e comparações salariais com Neymar e voltar a jogar o futebol que encantou os brasileiros em 2010.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Convocação para o Superclássico das Américas

Saiu a convocação da Seleção Brasileira para o jogo de volta da Copa Roca. Como prevê o regulamento da competição, apenas os jogadores que atuam nos dois países foram chamados. Visto que não temos jogadores convocáveis atuando no país vizinho, a lista conta apenas com jogadores que atuam aqui no Brasil.
A convocação de Fred causou certo frisson pelas declarações anteriores (e descabidas) do jogador a respeito de uma suposta perseguição do técnico em relação a ele. Algo que foi negado pelo treinador Mano Menezes. No final das contas a não convocação tanto do atacante, quanto do goleiro tricolor, Diego Cavalieri, acabou ajudando o time das laranjeiras a conquistar o título do Campeonato Brasileiro com antecipação e, aí sim, ver os seus destaques convocados.
Fonte: globoesporte.com
Segue abaixo a lista de convocados e suas respectivas equipes:
Goleiros
Diego Cavalieri (Fluminense)
Jefferson (Botafogo)
Laterais 
Lucas Marques (Botafogo)
Marcos Rocha (Atlético-MG)
Carlinhos (Fluminense)
Fábio Santos (Corinthians)
Zagueiros 
Durval (Santos)
Leonardo Silva (Atlético-MG)
Réver (Atlético-MG)
Volantes
Arouca (Santos)
Jean (Fluminense)
Paulinho (Corinthians)
Ralf (Corinthians)
Meias 
Bernard (Atlético-MG)
Fellype Gabriel (Botafogo)
Thiago Neves (Fluminense)
Atacantes 
Fred (Fluminense)
Leandro Damião (Internacional)
Neymar (Santos)
Com a premissa de convocação local, a lista parece justa, exceto pela presença do nome de Durval do Santos. Em relação aos demais, pode ocorrer também algum tipo de discórdia, como a não convocação de Ronaldinho Gaúcho, por exemplo. Porém, no meu ponto de vista, a convocação de Durval é daquelas que nos faz questionar a idoneidade das convocações da Seleção da CBF, principalmente, no que toca a valorização de jogadores. Quanto ao R49, resta saber se o mesmo ainda tem algum interesse em ser convocado e trazer para si mais um tipo de cobrança.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

O Complexo do Galo

É notório o complexo de perseguição de que sofre o Atlético-MG. E, este se extende a grande parte da torcida, comissão técnica e jogadores dentro de campo. A constante reclamação - infundada por sinal - a respeito de uma suposta perseguição sofrida pelo clube pela arbitragem brasileira tem atrapalhado o time em jogos chave do campeonato e, após o tropeço de ontem, deixou o título praticamente certo para o Fluminense.
Assiti à partida pela TV aberta e, apesar da veemência do comentarista em acusar o árbitro, o pênalti, se existiu, não foi tão claro, visto que Ronaldinho já desabava antes da chegada de Ibson. A foto abaixo retirada do site do próprio Atlético-MG mostra como Ronaldinho já estava com as pernas dobradas quando o jogador do Flamengo encostava em suas costas com uma visível "mão mole". O que o Atlético não reclama, certamente, é da expulsão injusta do lateral direito do Flamengo ainda no primeiro tempo.
Fonte: http://atletico.com.br/

Porém, o que é mais visível é a incapacidade do clube, comissão técnica, jogadores e torcedores em reconhecer a intranquilidade que os ronda, que já era visível desde a entrada do time em campo, antes da bola rolar. Particularmente, acho Cuca um técnico fadado ao fracasso não pela sua capacidade técnica, mas por essa mania de perseguição, de se colocar em posição de vítima em todos os clubes que passa - quem não se lembra do episódio com a bandeirinha nos tempos dele de Botafogo? Foi um casamento "perfeito" com a mania de perseguição histórica de que sofre o Galo e que tem contribuído para mantê-lo na marginalidade do futebol nacional. 
O que ficou ainda mais claro dentro de campo foi a incapacidade da equipe em vencer um time fraco como o do Flamengo ainda com um a menos por mais da metade da partida. Tudo devido à tal intranquilidade, decorrente da tal mania de perseguição. Já a (falta de) qualidade da arbitragem tem afetado a todos os clubes e, infelizmente - não acredito que seja intencional, favorecido o Fluminense, que será campeão merecidamente.

domingo, 14 de outubro de 2012

Chato pra c...

Reta final do Brasileirão de pontos corridos mais chato da história. Se a tendência se mantiver, teremos a definição do campeão e dos 4 rebaixados com uma antecedência jamais vista. Tudo isso graças ao aproveitamento absurdo do líder Fluminense (75%) e ridículo das equipes que formam o Z-4 (inferior a 1 ponto por partida).
Se o Brasileirão por pontos corridos tem a virtude de premiar o competentes e condenar os incompetentes por "merecimento", às vezes o faz com muita pressa. E esse ano ele quer matar o assunto ainda em Outubro.
Prato cheio para os defensores do "mata-mata".

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Pintou o Campeão


Dificilmente o Fluminense deixará de conquistar o título do Brasileirão 2012. Ainda faltam 9 rodadas para o fim mas tirar 9 pontos de diferença que o Flu tem hoje é muito difícil. Primeiro porque o time está encaixado, tem peças letais como Fred, Nem, Sóbis e Deco, e o excelente Cavalieri no gol. Segundo porque o time está com a sorte dos campeões! Na 4ª feira a noite, no Pituaçu, não foi diferente.  
O Bahia começou em ritmo intenso e por falta de competência e por intervenções do goleirão do Flu saiu do  1º tempo com um resultado pra lá de injusto, se tivesse acabado em 3 a 0 ninguém podia achar estranho pois foram criadas chances para isso. Vimos também o árbitro do jogo amarelar boa parte do time tricolor da boa terra. Além disso, logo no comecinho do 2º tempo a arbitragem invalidou lance de ataque do Bahia que terminaria com as bolas nas redes de Cavalieri após conclusão de Lulinha. Não é choro, mas o time de ter boas chances, não conseguir fazer o gol e quando faz a arbitragem invalida, é brincadeira, ainda mais quando do outro lado está o líder e excelente Fluminense. Daí o velho ditado do futebol se fez valer com força, e de tanto perder gols, o Bahia acabou levando. Aos 13, em excelente jogada do lateral direito Bruno Vieira, o mesmo jogou por debaixo das pernas de Lomba pra marcar 1 a 0. 
O Bahia ainda teve chance de empatar em mais uma bola na trave do lateral direito Neto, e na sobra Lulinha acabou passando da bola e não aproveitou... e mais uma vez o ditado foi cumprido... Aos 29, Sóbis aproveitou uma sobra na área para decretar o placar final: 2 a 0, e com toda essa sorte e também competência do Flu em aproveitar as mínimas chances eu acredito que pintou o campeão!

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

O Clássico das Multidões

O jogo entre os times de maior torcida do país se enfrentaram em um jogo com times situações completamente diferente: enquanto o Corinthians joga um campeonato de maneira competitiva, mas sem a obrigação de estar no G4, o Flamengo ainda batalha para afastar de vez o fantasma do rebaixamento. O time paulista ganhou a Libertadores de maneira convincente e se prepara para o mundial no Japão. Já o time carioca, apesar de ter melhorado consideravelmente nas últimas rodadas, ainda não conseguiu emplacar uma sequencia de vitórias que mudasse a sua situação na tabela.
O jogo começou bastante movimentado parte a parte, mas com a melhor organização do Corinthians sendo altamente notável. O técnico do Flamengo, mais uma vez, não conseguiu repetir a escalação e entrou com um time escalado apenas com Love na frente - o que não tem se mostrado eficiente e mesmo assim Dorival insiste. Mais uma vez também Wellington estava de volta à zaga fornecendo a "inconsistência consistente" do zagueiro. Enfim, novamente escolhas infelizes do técnico. O Corinthians tinha muito mais facilidade de movimentação que o Flamengo.
Apesar de tudo, o Flamengo saiu na frente com um gol de bola parada e Renato Santos impedido. Daí em diante, a fragilidade defensiva da equipe, com Ibson jogando mal e Wellington na zaga, o Corinthians emendou 3 gols em uma virada mais que merecida. No final, Liedson entrou em campo e deixou a sua marca. Porém, já não havia tempo para nenhum tipo de reação que pudesse ameaçar o time paulista.
Fonte: globoesporte.com 

Com o resultado, o Corinthians foi a 42 pontos e 7° na tabela, enquanto o Flamengo mateve-se com 35 pontos e ocupa o 14° lugar na classificação do Brasileirão.
É cada vez mais clara a incompetência da diretoria do Flamengo em administrar os recursos do clube, deixando salários atrasados e funcionários insatisfeitos. A mistura entre futebol e política realizada pela presidente Patrícia Amorim e seus aliados pelo menos foi rejeitada pela torcida nas urnas, ao não eleger nenhum dos candidatos cuja campanha era associada ao clube: assim foi com Andrade, Marcos Braz e a própria Patrícia.
Resta agora aos torcedores do Flamengo que nas eleições do final do ano seja eleita a chapa que tenha menos incompetentes e políticos disfarçados de dirigente de futebol. O ano de 2012 será perdido em termos de título para o clube e de torcida para escapar do rebaixamento.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Mais uma da série: E se fosse no Brasil?

Ontem à noite vimos pela TV algo bastante inusitado acontecer em um jogo de tamanha importância (ou que pelo menos deveria ter tamanha importância): a partida ser cancelada devido a falta de energia para os refletores do estádio. Brasil e Argentina, duas das maiores potências do futebol mundial em um encontro caseiro da tal Copa Roca, para movimentar os jogadores locais de cada seleção e pimba: nada de luz.
Imagino (só imagino, pois deve ser muita grana) a quantidade de recursos envolvidos em promover um jogo desses: negociação com clubes e janela nos campeonatos locais, transporte dos times até a cidade do jogo, torcedores que deixaram suas casas, suas cidades, estados e até país para os brasileiros que foram ver a canarinho jogar e pimba: nada de luz.
Chegou-se ao cúmulo de Casa Grande sugerir ignorar-se a opinião dos goleiros para que se seguisse com a partida. Mas, como ver a bola sem iluminação adequada? Ainda mais em um jogo de tamanha importância (ou que pelo menos deveria ter tamanha importância).
Para não perder a piada, levaram o jogo para a cidade de Resistencia, que, na hora H, queimou!
Ah, voltando à motivação do post: e se fosse no Brasil? Certamente colocariam até o mensalão dentre os motivos para a falta de luz no estádio... ops! Isso é coisa para outro tipo de blog e não este.
Mas, o que me preocupa mesmo é a tamanha sensação de "desimportância" em relação a um jogo entre Brasil e Argentina. E, pior, a "desimportância" sendo essencialmente unilateral. E isso às vésperas do país sediar uma Copa do Mundo. Será que a CBF não enxerga isso? Ou vê apenas as cifras nos próprios cofres?

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Pintou o campeão?

Jogaço no Engenhão, cheio de alternativas, e que premiou o poder de fogo da melhor linha de frente do Brasil. Thiago Neves, Deco, Nem e Fred são os 4 fantásticos de um Fluminense que quando joga bem, vence, e quando joga mal, também.



O Fla, que fez uma boa partida hoje, bateu de frente com um muro chamado Diego Cavallieri (que já merece uma oportunidade na Seleção). Perdeu gols em profusão, desperdiçou pênalti, mas saiu aplaudido de campo, dando esperanças ao seu torcedor de terminar o Brasileiro dignamente.
Já o Flu segue líder cada vez mais isolado. Vencendo jogos-chaves (Inter em POA, Fla-Flu), com o melhor aproveitamento da história dos pontos corridos (igualado ao São Paulo de 2007) e contando com os seguidos tropeços dos rivais diretos, o título parece ser uma questão de tempo.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Mais um pro Messi

Messi, mais uma vez, recebeu o prêmio da revista francesa "Onze D'Or" e se iguala a Platini e Zidane com três premiações. E, como sempre, vem a enxurrada de comparações inevitáveis e anacrônicas. Acredito que muito das comparações anacrônicas de Messi com Pelé, Maradona e cia. deve-se, principalmente, ao fato de hoje não haver um jogador tão espetacular quanto ele para ser comparado.

Fonte: globoesporte.com

Cristiano Ronaldo, presente nas comparações inevitáveis, acaba ficando sempre um passo atrás do argentino, muito pela sua soberba e muito pela diferença dentro de campo. Pois, apesar de ser um jogador de técnica indiscutível, não chega a merecer a alcunha de gênio da bola. Pesa ainda mais o fato de seu segundo nome remeter ao xará brasileiro, nomeado "fenômeno". Ele fica muito atrás dos dois.

Enquanto isso, Neymar fica marcando passo no futebol brasileiro. Do ponto de vista pessoal, concordo 100% com ele: vive em seu país, com a família e recebendo salário europeu. Do ponto de vista profissional, tomará um baile dos zagueiros na Copa de 2014. O que me resta é a esperança de estar enganado.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Mais um jogo de arbitragem confusa

No jogo atrasado do Brasileirão, o Flamengo joga bem e bate o vice-lider Atlético Mineiro. Começando pela primeira vez em muito tempo com dois atacantes, o time buscou a vitória desde o primeiro minuto, enquanto o Atlético demorou a entrar no jogo. Aí, Love desencantou e fez um golaço em lance de cobrança de escanteio. Ao voltarem para o segundo tempo, foi o vez do Atlético entrar ligado e empatar com Jô. Mais tarde, o Flamengo voltou a liderar com gol de Liedson.

Apesar de não ter comprometido o resultado do jogo, o trio de arbitragem mais uma vez se mostrou fraco e confuso, como tem sido de costume no futebol brasileiro. O que mais me causou espanto foi o bandeira querendo apitar o jogo. Preocupado mais em influenciar a arbitragem em lances de falta, acabou comentendo algumas lambanças, além de o arbitro ter perdido a confiança ao longo da partida. 

O que será que falta para a arbitragem no Brasil melhorar?

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Não foi o dia!

Ontem realmente não foi o dia do Bahia. 
Depois de manter a invencibilidade no returno do Brasileirão da Série A por 6 rodadas, com 4 triunfos e 2 empates, ontem não teve jeito. As falhas não foram perdoadas e o Inter aproveitou bem. Além de falhar atrás o Bahia deu vacilo também na frente. Mesmo com apenas 2 finalizações no primeiro tempo, estas seriam suficientes para estar empatando o jogo na virada do tempo. E ainda por cima logo no comecinho da segunda etapa, Damião acertou um chute incrível de primeira em mais uma bobeira do Bahia. O time, mesmo assim, não desistiu de atacar e conseguiu seu gol de honra no apagar das luzes. Uma hora teria que acontecer essa quebra de invencibilidade, pelo menos foi num resultado normal visto que a última vez que o tricolor baiano bateu o Inter tem mais de 20 anos. Agora é bola pra frente e domingo tem Botafogo no Pituaçu.

domingo, 23 de setembro de 2012

E se fosse no Brasil?

5ª rodada do Campeonato Espanhol, Rayo e Real Madrid se preparavam para entrar em campo. O Real buscando diminuir a vantagem para o Barça, que "dormiu" a 11 pontos de distância, e o Rayo tentando manter a surpreendente campanha nesse início de campeonato permanecendo no pelotão de frente. Bons aperitivos para uma partida que não ocorreu devido a uma sabotagem ao sistema de iluminação do estádio. Como não pôde ser reparada em tempo hábil, a partida foi adiada para amanhã à noite.

Mais um escândalo para um país que tem vivido um período áureo em diversos esportes, especialmente o futebol, mas que, volta e meia, também se vê às voltas com casos de dopping. Agora foi o "terrorismo futebolístico" na tão propalada elite do futebol mundial.

E se fosse no Brasil?

O Flamengo Respira

Depois de começar perdendo o jogo contra o Atlético Goianiense, o Flamengo consegue uma importante virada e se afasta um pouco da zona de rebaixamento. Cleber Santana mostrou-se uma boa contratação e jogou bem em sua estreia. Talvez uma percepção advinda da carência do elenco do Flamengo de alguém com um nível razoável de passe e organização no meio de campo. 

Como de costume, o técnico Dorival Junior decide por entrar com uma escalação equivocada, colocando três volantes e jogando Adryan de atacante, junto com Love. E, como era de se esperar, o jogador teve um rendimento abaixo do esperado e o time pouco fez no primeiro tempo. A entrada de Liedson deu mais poder ofensivo à equipe, enquanto Botinelli veio a dar mais opção ao meio de campo, fraco criativamente.

Mais uma vez ficou claro que Luiz Antônio já passou da hora de esquentar um pouco o banco e o Flamengo começar jogando com dois volantes apenas e com a dupla de ataque que terminou a partida. Luiz Antônio tem cometido seguidos erros que têm comprometido ainda mais a frágil defesa do time. Liedson é um oportunista nato, enquanto Love é um cara de muita movimentação e raça, mas que passa por uma fase de inimizade com o gol. Embora tenha dado passe para os dois gols do Flamengo na partida de hoje, conseguiu perder um pênalti e um gol digno de "inacreditável futebol clube". Então, ter um segundo atacante goleador ao lado dele, seria perfeito para o momento.

Apesar do fraco elenco, o Flamengo pode perfeitamente manter a zona de rebaixamento distante, tendo em vista que há times piores brigando para não cair e que pode ter pelo menos um bom time titular e alguns reservas com as novas contratações. Deixo abaixo a minha sugestão de escalação para o time começar jogando na próxima partida:

Felipe
Wellington Silva
Frauches
Gonzalez
Ramon
Caceres
Ibson
Cleber Santana
Adryan
Vagner Love
Liedson

Ainda haveria boas opções para o banco: Botinelli, Léo Moura, Thomás, Muralha, Mattheus... 

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Ah, o Flamengo...

O Flamengo mais uma vez jogou mal. E, o pior de tudo: não há muito o que se fazer para melhorar com o atual elenco. O time sofre gravemente o reflexo de sucessivos equívocos da atual diretoria, que deixou o time impossibilitado de efetuar boas contratações para este campeonato. A aposta nos jovens, por enquanto, é apenas isso: uma aposta. O jovem Adryan mostrou ter personalidade ao entrar no jogo e tentar levar o time pra frente, pedindo a bola e marcando aquele golaço de falta. Porém, um time que tenha alguma intenção mais séria não pode colocar tamanho peso nas costas dos garotos sem ter uma liderança mais experiente em campo, alguém para organizar.

Enfim, o Flamengo começou o jogo muito mal, com os usuais erros de sua defesa, que culminou no gol do Grêmio ainda no primeiro tempo. Mais uma vez, assim como nos dois gols do Santos, Felipe saiu mal do gol, após bobeada da zaga. Naquele momento, a situação estava crítica, pois o time perdia, enquanto o Sport ganhava do Internacional por 2 x 0 em pleno Beira Rio. Léo Moura no meio foi mais uma demonstração do nível de incompentência que se tem na Gávea: o cara é lateral direito e deixou isso claro. 

Para a sorte do Flamengo, no segundo tempo, Luxemburgo resolveu "mexer" no time, tirando o seu atacante mais oportuinista e recuando o time do Grêmio, chamando o Flamengo para perto da área. E o gol não saía e poucas oportunidades reais eram criadas, visto que Vagner Love tinha que sair da área constantemente, pois a bola não chegava. Enfim, para dar uma acalmada no coração dos rubro negros, Adryan fez um gol de falta ao melhor estilo dos craques que já honraram a camisa do Flamengo. Para dar um pouco mais de fôlego ao time carioca, o Internacional empatou o jogo, mantendo o Sport quatro pontos atrás, na posição 17.

Situação lamentável para o time com a maior torcida do mundo.

sábado, 15 de setembro de 2012

Jorginho é o anti-Joel

PVC conta os bastidores da recusa de Jorginho em deixar o Bahia e assumir o Palmeiras. Leia aqui

Em janeiro desse ano, o Bahia passou por um assédio semelhante ao seu então técnico, Joel Santana, que culminou com sua ida ao Flamengo. Joel não era unanimidade entre a torcida mas vivia uma situação estável dentro do clube: acabara de salvar o Bahia do descenso no Brasileirão-2011 e iniciava sua caminhada no campeonato estadual. Resolveu aceitar a proposta do Flamengo e depois todos sabem o final da história.

O contrato de Joel não tinha multa e ele se foi pela projeção que o rubro-negro carioca lhe daria. Acabou lhe dando muito mais dor de cabeça.
O contrato de Jorginho também não tem multa e ele também ficou tentado em assumir o Palmeiras pelos mesmos motivos de Joel. No entanto, deixou nas mãos de seu empregador a decisão em liberá-lo, o que não ocorreu. Ainda assim, foi-lhe concedido o direito de sair exclusivamente por sua vontade, desde que assumisse publicamente isso. Ele preferiu ficar e honrar o compromisso assumido.

Joel com certeza teve mais projeção e visibilidade ao assumir o Flamengo, ganhou mais dinheiro, ainda que por um tempo curto. Hoje, está desempregado e com certeza sofreria rejeição da torcida do Bahia se fosse convidado para voltar (algo sempre possível dada a falta de vergonha na cara da cartolagem em geral).
Jorginho abre mão de tal projeção em troca de um sono tranquilo e de poder passar férias sossegado na Bahia sempre que quiser. Deve ter passado pela sua cabeça também que foi o Bahia quem lhe estendeu a mão quando estava sem clube, há menos de 1 mês, e, que se falhasse no desafio de salvar o Verdão do rebaixamento, provavelmente no fim do ano estaria junto com Joel na fila do seguro desemprego.

Jorginho, dessa forma, segue seu bom trabalho no tricolor baiano e torce para que ao final do vínculo (fim do ano) possa realizar seu desejo de assumir o Palmeiras, onde faria um trabalho desde o início, com mais chances de sucesso, seja na série A ou B. Se isso ocorrer, realizará seu desejo deixando as portas do Bahia abertas. Se não, seguirá bem empregado no Tricolor da Boa Terra, seja na série A ou B.

Riscos calculados, riscos assumidos. A torcida do Tricolor de Aço agradece.


quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Sport 1 x 1 Bahia



Que sufoco o primeiro tempo do clássico nordestino de maior apelo nesta Serie A!!  O Bahia tomou gol no comecinho do jogo num vacilo de Jussandro e boa cabeçada de Hugo. O jovem lateral sentiu depois da falha e quase se complica no jogo, mas depois acabou se equilibrando e fazendo uma partida razoável. Depois do gol logo aos 4 minutos o Bahia como um todo não perdeu a calma e girava a bola pra tentar atacar o Sport, mas foi o time pernambucano que teve as melhores oportunidades para ampliar. Lomba trabalhou bem em diversas oportunidades e ainda teve a cabeçada de Richelly que passou pertinho.E imaginem vocês que Fahel fez falta ao meio de campo do Bahia. Fabinho é muito fraco! Souza e Jones não estavam muito inspirados.
O segundo tempo começou bem para o Bahia, com uma postura mais agressiva e sem dar tanto mole como foi na etapa inicial. Jorginho fez uma mudança interessante, tirou Zé Roberto que também não estava indo bem e colocou Elias, o mesmo que fez o 1º gol do triunfo do Bahia perante o Sport no Pituaçu em condição irregular. Elias entrou dando mais mobilidade ao time e jogando Jones para o lado esquerdo, aí o atacante jogou um pouco melhor.Aos 27, Elias deu um tirambaço no travessão do goleiro do Sport e já perto do final o volante-meia Hélder marcou o gol de empate após jogada de linha de fundo do Bahia. Castigo pro Sport que não aproveitou as oportunidades do 1º tempo. Depois do empate o Sport ainda tentou alguma coisa mas ficou nisso mesmo.

Bom resultado pro Bahia pelo primeiro tempo apagado que fez e nem tão bom assim pro Sport que viu sua distância pro Bahia ficar na mesma e ainda, no complemento da rodada, o Santos e Coritiba vencerem. Esses dois resultados também não foram bons pro Bahia, mas do males o menor!

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Torcidas Distorcidas

07/09/12, Estádio do Morumbi - São Paulo - Brasil 1x0 África do Sul



10/09/12, Estádio do Arruda - Recife - Brasil 8x0 China



Em comum entre as duas atuações, apenas o resultado de vitória. O futebol apresentado, bem como o comportamento da torcida, foram bem distintos em ambos os jogos. Afinal, a seleção jogou melhor porque a torcida ajudou ou a torcida ajudou porque a seleção jogou melhor?

Qualidade dos adversários à parte (sim, a China é bem pior), a seleção jogou melhor ontem onde teve apoio incondicional da torcida pernambucana, desde a sua chegada a Recife, é bom frisar. O oposto ocorreu em São Paulo no feriado da Independência: futebol ruim aliado a uma torcida hostil. Sobram justificativas e teses para comportamentos tão diferentes dos torcedores:

- Os torcedores de fora do Sul-Sudeste raramente têm a oportunidade de ver os (pseudo)craques brasileiros em ação, seja na seleção, muito menos nos seus clubes.

- O torcedor paulistano é mais exigente que o nordestino.

- O torcedor nordestino que assistiu à seleção é "torcedor". O torcedor paulista que assistiu à seleção é "expectador".

- O interesses "clubistas" dos torcedores paulistanos estavam acima do desejo de uma boa apresentação da seleção.

- Os paulistanos têm senso crítico e não toleram a "Seleção da CBF". Os torcedores nordestinos são mais inocentes e idolatram a "Seleção da CBF".

... (e por aí vai).

Torcedor, antes de tudo, é um consumidor. Ele paga (caro) para assistir a um evento e isso lhe dá o direito de julgar a qualidade do mesmo. Aplausos e vaias, portanto, são plenamente aceitáveis sob esse aspecto. O torcedor paulistano, como qualquer outro, tinha todo o direito de vaiar um espetáculo que não lhe agradava, ainda mais um espetáculo com um componente emocional tão forte como é o futebol.

O que não me parece muito coerente é sair do conforto de casa, pegar ônibus/metrô/carro, pagar passagem/combustível/estacionamento, pagar ingresso (repito: caro) predisposto a hostilizar um evento, seja ele qual for. As vaias no Morumbi surgiram antes dos 15 minutos de jogo. As vaias a Damião, os gritos de "Luís Fabiano", as críticas a Neymar surgiram na metade inicial do primeiro tempo. Ninguém pode julgar a qualidade de um espetáculo, seja ele um filme, uma peça de teatro ou um jogo de futebol, com menos de 1/4 de transcorrido.

"Ah, mas essa seleção da CBF/Nike é uma vergonha, é vitrine de jogador de empresários, só joga amistosos caça-níqueis com seleções fracas. Tem que ser vaiada mesmo".O presidente do seu clube faz tudo isso e nem assim você vaia seu time desde o início. Seu clube também elege a CBF, sabia disso?

É notório que a seleção de Mano não caiu nas graças de nós, brasileiros. O choro do técnico e dos jogadores de que eles precisam de "carinho" do torcedor não procede, pois eles não tem dado "qualidade" em troca, isso é notório. Mas, se a seleção de Mano não me agrada, eu posso desprezá-la. Seria a melhor forma de manifestar minha indignação e protesto.

Se for pra gastar 100 paus pra isso, prefiro fazê-lo de casa comendo um bom churrasquinho e tomando minha cervejinha. 

US Open e Seleção Brasileira

O US Open 2012 chegou ao fim na noite desta segunda-feira com a final do masculino entre Novak Djokovic e Andy Murray. A partida foi fantástica e, ao final de 4:54h de jogo, o melhor saiu vencedor. E o melhor no caso do Tênis não é algo estático ou conservador: pode mudar de partida a partida ou mesmo durante a mesma. Dependerá  principalmente de três fatores: técnica, físico e emocional. Estes três fatores oscilam ao longo da disputa e aquele que consegue se manter mais focado sai vencedor. Por isso, a posição do jogador no ranking da ATP não é garantia de superioridade em um jogo de tamanha importância.   E observou-se este "revés" também na final feminina ocorrida no domingo: Serena Williams venceu Victoria Azarenka, atual número 1 do mundo. Porém, quando a distância no ranking é grande, é comum verificar a superioridade - afinal, ninguém é Top 5 à toa. 

Fonte: US Open.org

Em resumo, o tênis é um dos esportes em que o melhor vence, onde pouco pode-se atribuir a sorte ou azar. É um bom jogando contra outro melhor ainda. E aí vem a intenção do link do título deste post, visto que o futebol é um dos esportes em que nem sempre o melhor vence, até mesmo porque a percepção de melhor é  mais difícil de se definir, devido aos vários fatores e interesses envolvidos em torno de cada jogador em campo (ou não).

A Seleção Brasileira é, talvez, a única no mundo que leve essa alcunha de seleção, em que deveriam constar apenas os melhores. E, para se conseguir um resultado a longo prazo, não necessariamente tem-se que reunir os melhores deste exato momento, como defende piamente o Mano Menezes, mas os melhores e que possam compor a melhor equipe. Afinal, trata-se de um esporte coletivo. Sem dúvidas também, a coletividade do time depende muito do técnico que tem a tarefa de aproveitar as qualidades de cada jogador da melhor maneira possível.

Gols de Hulk e Neymar, 4° e 5° dos 8 gols do Brasil 

Bom, depois de tanta filosofia, vimos mais um jogo sem sentido da nossa seleção, enfrentando uma equipe sem a menor tradição no futebol - aqui sim a tradição pesa muito mais do que no Tênis. Após ter tido dificuldades em um amistoso contra outra seleção de pouca expressão em pleno trabalho de preparação para a Copa, as demais equipes nacionais estão enfrentando duras batalhas nas suas respectivas eliminatórias. Duvido muito que essa partida, com uma vitória por 8 a 0, sirva de parâmetro para o técnico observar e tomar alguma decisão sobre qualquer um dos jogadores em campo. E o tempo vai passando e 2014 se aproximando.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Vasco 0 x 4 Bahia

Até o mais otimista tricolor não imaginava esse placar. Que o time do Vasco estava com alguns desfalques todos sabiam, se bem que a conta que a imprensa estava trazendo contava com 8 nomes, porém jogadores negociados que pra mim não são desfalques visto que eles não tem como voltar ainda nesse campeonato.
Depois do empate com o Galo a falta de Gabriel foi percebida e comentada por este blog, mas ontem o Bahia conseguiu um substituto, mesmo que sem a mesma categoria, mas com bastante disposição e comprometimento tático. Jones Carioca, que é mineiro, vem sendo questionado pela torcida e pela imprensa mas conseguiu permanecer no Bahia, a última vez que colocaram ele fora foi no empréstimo do meia Magno ao Ceará, que pela imprensa chegaram a incluir o jogador da camisa 19. 
Jogando em São Januário o Bahia não se intimidou e vinha fazendo um primeiro tempo muito equilibrado e de poucas chances de parte a parte, até que num contra-ataque bem encaixado e com participação dos atacantes desde a retomada da bola depois de um escanteio do time da Colina, Jones começou a brilhar e fazer a parceria com o atacante Souza (para a fanática torcida do tricolor - Showza!!) funcionar. Jones chegou a linha de fundo e fez um cruzamento quase milimétrico, digo quase porque Souza ainda teve que se jogar pra trás um pouco e cabecear com extrema precisão na forquilha do goleiro Prass. Bahia 1 x 0!! Isso já no finalzinho do primeiro tempo.
Começa o 2º Tempo e o Vasco vem com o atacante Tenório para tentar empatar a peleja, em vão. O atacante até que tentou fazer uma boa jogada mas não levou perigo ao goleiro Lomba. O Bahia melhorou ainda mais e numa bela jogada entre Helder e Zé Roberto de triangulação pelo lado esquerdo. Terminou num cruzamento na medida para Jone Carioca se embolar no primeiro lance mas no rebote bater livre para os fundos da rede do Vasco, Bahia 2 x 0!! O Bahia conseguiu repetir o padrão de jogo que o técnico Jorginho vem tentando imprimir ao Bahia, com marcação na saída de bola do adversário e saídas rápidas ao ataque. Os laterais estavam mesmo fazendo falta ao Bahia, o lado direito está se acertando com Neto que foi contratado no meio do Campeonato depois das contusões de Coelho e Madson, mas como explicar o não aproveitamento do garoto Jussandro na esquerda?? Os técnicos Falcão e Caio Jr. ficaram improvisando Helder e até Vitor Lemos mas nada de dar chance ao garoto que mais uma vez jogou bem. 
Novamente ao jogo de ontem: em mais uma jogada da dupla de ataque o Bahia chegou ao terceiro gol. Souza lançou bem Jones que passou com facilidade de Prass e balançou as redes vascaínas mas uma vez. Daí pro quarto gol foi um pulo. Em mais uma participação de Helder pela esquerda,este cruzou a bola na medida para achar Souza livre que esperou o bote do goleiro do Vasco pra jogar por debaixo de suas pernas, Bahia inconteste 4 a 0 no Vasco!!
O Vasco embora esteja no G4, vem caindo bastante de produção mas daí tomar esse balaio do Bahia não é normal mas o placar refletiu muito bem o que foi o jogo ontem!
O Bahia ainda teve chance de ampliar mas notadamente tirou o pé do acelerador, é melhor poupar combustível que dia 12 tem outra pedreira, agora contra o Sport em Recife.

Obs: Não podia deixar de incluir que Jones Carioca foi eleito o craque da Rodada #23 do Troféu Armando Nogueira promovido pela Globo. E ainda teve Souza no ataque da seleção da rodada.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Bahêa 0 x 0 Galo

Depois de um tempo sem pintar por estas bandas volto a participar deste blog. Poderia estar falando de mais um triunfo do até então líder do returno do Brasileirão 2012 mas infelizmente não é sobre isso que falarei. 
Torcedor do Bahia é uma onda mesmo, arrumamos isso de líder do returno pois o bicho pegou tanto no 1º turno que esta alegria de começar tão bem o returno nos fez criar esse campeonato paralelo. Tudo é festa para essa massa de torcedores, que estava até outro dia dando como certa a queda para a série B. Certo mesmo que Jorginho chegou e nem precisou trazer Tufão para o Bahia melhorar (piadinha do Jornal Correio* que o tricolor Cartaxo "adorou").
Foram 2 jogos jogando bem, principalmente contra o Santos, depois uma bela partida contra o São Paulo. Jogo muito equilibrado e o Bahia contou com sua maior jóia, Gabriel, o jogador que embora não tenha tido base no clube, foi descoberto nos babas de Salvador, desequilibrou aproveitando saída errada da zaga do time paulista e soube o que fazer com a redonda, mandando pros fundos das redes do arqueiro Rogério Ceni. 
Esse mesmo Gabriel fez muita falta hoje no jogo contra o Galo. Hoje, logo cedo, ouvi no rádio que a jovem promessa havia se contundido e era dúvida para a peleja contra o atual líder do campeonato. Mais tarde li a confirmação desta contusão e com os exames realizados o departamento médico do Bahia estima que em no máximo 3 semanas o jogador estará de volta aos campos. Tomara que seja menos, tomara, pois o Bahia precisa muito desse jogador. Hoje o jogo mostrou isso. Lulinha, por mais esforçado que seja, não chega aos pés desse jogador. Agora sobre o jogo em si.
O Bahia repetiu a receita de adiantar a marcação, fez muito bem isso no primeiro tempo mas cansou na 2ª etapa, e embora tenha dado alguns moles no primeiro tempo, na etapa complementar deu vários vacilos e só não saiu derrotado de Pituaçu pois os atacantes do Atlético não acertaram o gol de Lomba em nenhuma oportunidade, ainda bem!! 
O time do Bahia não conseguiu criar boas oportunidades, vou a um resumo da atuação de cada atleta:
Lomba(31) - Como sempre seguro e hoje melhorou um pouco sua saída de bola e foi preciso nas antecipações ao ataque atleticano em pelo menos 2 lances.
Neto(4) - Jogou bem. Está evoluindo e mostrando experiência. Pecou num cruzamento no 1º tempo que tinha Souza sozinho na marca do pênalti, mas é isso.  
Danny Moraes3 - Seguro, alguns vacilos mas nada que comprometesse.
Titi(22) - Melhorando de forma, voltando a ser o xerife do final de 2011.
Romário(66) - Grata surpresa. Foi contratado 2ªfeira e já jogou hoje. Se portou bem, veloz, no 2º tempo morgou.
Fahel(7) - Bem na partida, muita disposição e até alguma participação ofensiva.
Diones(17) - Razoável. Cerca bem mas saiu mal para o jogo hoje.
Helder(68) - Bom primeiro tempo mas no 2º deu uma piorada, mas tem evoluído.
Zé Roberto(11) - Apagado hoje e vem acontecendo isso nos últimos jogos. Tem técnica mas está participando pouco.
Lulinha(77) - Esforçado apenas.
Souza(9) - Não esteve bem hoje. Fez umas faltas bestas nas disputas de bola.
Participaram ainda:
Caio(29) - Lento 
Pitbull(82) - Todo atrapalhado com a bola, é de luta mas não jogou nada (quero ver quando isso vai acontecer)
Kleberson(15) - Voltando de contusão, pouco fez.