sexta-feira, 12 de junho de 2009

O Brasil de Dunga

Texto de Carlos Henrique

Ontem assitimos a mais uma vitória da Seleção Brasileira sob o comando de Dunga. Muito contestado no começo, principalmente por sua postura diante dos jornalistas e das críticas, conseguiu se manter no cargo e, ao que parece, estabelecer uma boa relação com os jogadores. Como nenhuma escalação é unânime, basta um jogo mais ou menos em desempenho, mesmo com vitória, para se levantar dúvidas sobre quem foi convocado e quem deixou de ser.
O que o treinador tem passado de bom é a tendência de manter uma base, mesmo muito conservadora, que tem permitido ao longo desse período um maior entrosamento entre os jogadores. Do que vimos ontem contra o Paraguai, creio que pode haver mudanças baseadas em redimento individual, mas não em relação a postura tática do time. Será sempre um time com base defensiva, mas com jogadores com capacidade de ataque muito boas.

Assistindo ao jogo de ontem, pude consolidar algumas opniões pessoais a respeito de alguns jogadores, que enumerarei a seguir:

1. Daniel Alves: A escalação do lateral direito deu ao time um poder ofensivo muito maior do que a escalação de Maicon, que sobra em vontade, mas peca no acabamento das jogadas. Em um time com uma base defensiva composta de 2 zagueiros, 2 cabeças de área e 1 meia posicionado mais defensivamente, liberar os laterais dá muita versatilidade ao ataque do time e ainda mais com um lateral que cruza e chuta melhor. Ganhamos até um batedor de falta, que estava em falta (desculpem-me pelo trocadilho) desde a saida de Ronaldinho Gaúcho.

2. Kléber: Continuando pelas laterais, ainda não senti firmeza em nenhuma das atuações de Kléber e me pergunto sempre se é mesmo a melhor opção para a lateral esquerda. Durante muito tempo estivemos acostumados às grandes atuações de Roberto Carlos, mesmo tendo sido bode expiatório em derrotas importantes da seleção, sempre apoiando muito bem ao ataque. Com a estrutura defensiva citada anteriormente, talvez valesse apostar mesmo em um lateral que apoie com mais qualidade. Talvez Marcelo do Real Madrid.

3. Elano: Jogador preferido de Dunga para a posição em que atua ainda não conseguiu estabelecer regularidade na seleção, talvez por também não a conseguir no Manchester City. Vem realizando partidas brilhantes e outras com atuações extremamente apagas - e não só pelo gol contra de ontem.

4. Ramires: Em contrapartida à atuação de Elano, gostei muito do pouco tempo em que Ramires ficou em campo. Uma boa estreia e, como se trata de um jogador jovem, que tenha um grande futuro na seleção brasileira, se conseguir manter regularidade. Seria uma excelente alternativa às atuações irregulares de anterior.

5. Nilmar: Titular ao lado de Robinho, mostrou a grande fase que atravessa, apresentando habilidade e poder de decisão. Aparece mais uma boa opção para o ataque da Seleção e que (ainda) joga no país.

O jogo de ontem foi bom para observar o comportamento do time diante de uma seleção como a do Paraguai, que está com futebol organizado e com bons jogadores, tendo um grande poder ofensivo, além de sua tradicional força defensiva. Depois de vir de uma goleada contra o Uruguai fora de casa e com o retrospecto recente de atuações regulares e fracas dentro de casa, vencer em Recife foi muito importante para a classificação nas eliminatórias e para o moral do time, mesmo que não tenha feito uma partida brilhante, como sempre esperamos da Seleção Brasileira.

Texto de Carlos Henrique

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