terça-feira, 11 de setembro de 2012

US Open e Seleção Brasileira

O US Open 2012 chegou ao fim na noite desta segunda-feira com a final do masculino entre Novak Djokovic e Andy Murray. A partida foi fantástica e, ao final de 4:54h de jogo, o melhor saiu vencedor. E o melhor no caso do Tênis não é algo estático ou conservador: pode mudar de partida a partida ou mesmo durante a mesma. Dependerá  principalmente de três fatores: técnica, físico e emocional. Estes três fatores oscilam ao longo da disputa e aquele que consegue se manter mais focado sai vencedor. Por isso, a posição do jogador no ranking da ATP não é garantia de superioridade em um jogo de tamanha importância.   E observou-se este "revés" também na final feminina ocorrida no domingo: Serena Williams venceu Victoria Azarenka, atual número 1 do mundo. Porém, quando a distância no ranking é grande, é comum verificar a superioridade - afinal, ninguém é Top 5 à toa. 

Fonte: US Open.org

Em resumo, o tênis é um dos esportes em que o melhor vence, onde pouco pode-se atribuir a sorte ou azar. É um bom jogando contra outro melhor ainda. E aí vem a intenção do link do título deste post, visto que o futebol é um dos esportes em que nem sempre o melhor vence, até mesmo porque a percepção de melhor é  mais difícil de se definir, devido aos vários fatores e interesses envolvidos em torno de cada jogador em campo (ou não).

A Seleção Brasileira é, talvez, a única no mundo que leve essa alcunha de seleção, em que deveriam constar apenas os melhores. E, para se conseguir um resultado a longo prazo, não necessariamente tem-se que reunir os melhores deste exato momento, como defende piamente o Mano Menezes, mas os melhores e que possam compor a melhor equipe. Afinal, trata-se de um esporte coletivo. Sem dúvidas também, a coletividade do time depende muito do técnico que tem a tarefa de aproveitar as qualidades de cada jogador da melhor maneira possível.

Gols de Hulk e Neymar, 4° e 5° dos 8 gols do Brasil 

Bom, depois de tanta filosofia, vimos mais um jogo sem sentido da nossa seleção, enfrentando uma equipe sem a menor tradição no futebol - aqui sim a tradição pesa muito mais do que no Tênis. Após ter tido dificuldades em um amistoso contra outra seleção de pouca expressão em pleno trabalho de preparação para a Copa, as demais equipes nacionais estão enfrentando duras batalhas nas suas respectivas eliminatórias. Duvido muito que essa partida, com uma vitória por 8 a 0, sirva de parâmetro para o técnico observar e tomar alguma decisão sobre qualquer um dos jogadores em campo. E o tempo vai passando e 2014 se aproximando.

3 comentários:

IGOR PESSÔA disse...
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IGOR PESSÔA disse...

Pena que não lembrei da final do US Open que com certeza deve ter sido espetacular e bem equilibrada pelo tempo de partida e os envolvidos nela. Sobre a Seleção, esse papo que não chama os melhores hoje porque não serão necessariamente os melhores na Copa,que é o objetivo maior, acho o maior papo farudo de Mano. A Seleção infelizmente tem sido usada para exposição e negociação de jogadores, bem feito estarmos além da 10ªposição no ranking da Fifa.

Carlos Henrique Pereira disse...

Após as excelentes campanhas entre 1994 e 2002, a seleção passou a ser vitrine e não conseguimos mais emplacar em uma Copa do Mundo. 2014 está chegando e, se continuar nesse ritmo, teremos uma seleção apenas para 2018.