segunda-feira, 29 de junho de 2009
Denúncia de véspera
Reflexões pós Copa das Confederações
Mais do que o título, acredito que a vitória sobre os EUA serviu para mostrar a Dunga que o Brasil não precisa sempre jogar de contra-ataque, esperando o erro dos adversários. O Brasil sempre se caracterizou pelo "jogo bonito", pela capacidade de abrir retrancas. E ontem o time de Dunga mostrou no 2º tempo que é capaz de fazer isso. Apesar da safra de craques não ser a de outrora, dá para o Brasil jogar impondo seu estilo de jogo. Outras conclusões que obtive após essa Copa:
- Temos uma boa defesa. Um excelente goleiro, os centrais titulares e reservas são de bom nível e temos 2 ótimas opções para a lateral direita. Só que nem sempre ela vai ficar sem levar gols e nem sempre o Brasil vai conseguir virar quando estiver perdendo por 2x0. Mais um motivo pra Dunga impôr o estilo de jogo tradicional do Brasil.
- A lateral esquerda ainda é "terra de ninguém". Ao contrário do colunista Gabriel, acho que vale à pena continuar testando Daniel Alves lá. Pelo menos até que apareça alguém que possa assumir a lateral esquerda com autoridade.
- Descobriu-se Ramires, um excelente volante. Eu sei que Dunga não pensa assim mas, pra mim, Ramires tinha que disputar posição com Gilberto Silva e Felipe Melo. O Brasil de hoje não pode jogar com 3 volantes. Em 2002, Felipão ganhou com 3 zagueiros e 2 volantes mas porque tinha os 3 R's que resolviam lá na frente. Tínhamos 3 jogadores excepcionais. Hoje temos apenas 1 excepcional, 1 firuleiro e 1 goleador. Vou torcer muito pra que Ronaldinho Gaúcho volte a ser jogador profissional na próxima temporada e que pelo menos ganhe a vaga de Robinho no ataque.
- Temos um camisa 9. Mas pra quem nas últimas Copas teve Careca, Romário e Ronaldo, Luís Fabiano é muito pouco. Ele é matador, mas tecnicamente não se compara aos antecessores. E atacante de seleção tem que ter outros recursos que não sejam finalização. Espero que Pato venha a ser esse jogador. Vou torcer também para que Adriano e Ronaldo façam boas temporadas e justifiquem ser lembrados. Nem que sejam como opção para o Fabuloso na Copa.
Não podemos entrar na euforia por causa desse título. Em 2005 ganhamos até com mais autoridade, batemos Alemanha e Argentina, e fomos um fiasco na Copa. O time está no caminho certo, mas ainda há o que melhorar.
domingo, 28 de junho de 2009
O Brasil não é a Espanha
Será que vai?
"Ah, mas foi empate fora de casa, um bom resultado!" Não, não foi. Não foi porque o Bahia já havia empatado em casa na rodada anterior o que, por si só, já tornaria a vitória fora de casa uma obrigação, seja lá com quem fosse. E não foi um bom resultado porque o Bahia dispôs das melhores chances para ganhar o jogo e não o fez.
O consolo dessa vez é que o time teve uma postura melhor dentro de campo. Ao contrário, do jogo anterior, contra o Duque de Caxias o Bahia tomou a iniciativa do jogo, tanto no 1º como no 2º tempo. A escalação de Gallo foi decisiva para isso. Ele deixou de ser motorista de busú (que adora um volante) e armou o time com 2 meias na ligação. Com isso o time foi pra cima, buscou o gol e não jogou como time pequeno como geralmente acontece nas partidas em que atua fora de Salvador. Pena que esbarrou na falta de sorte (2 bolas na trave) e na falta de qualidade de alguns dos seus jogadores.
Joãozinho está visivelmente fora de forma. Perdeu um gol na pequena área no 1º tempo porque não bateu de canhota. Preferiu usar a direita e "furou". Mesmo assim ainda teria sido melhor tê-lo mantido em vez de substituí-lo por Beto. Joãozinho teria feito o gol que ele perdeu nos acréscimos, na cara do goleiro.
Ananias é simplesmente ridículo. Não domina uma bola direito, parece que ela queima no pé dele. Se não fosse pela bola que ele chutou na trave no primeiro tempo, ninguém teria notado sua presença em campo. Hélton Luis teve participação razoável mas não justificou os intensos pedidos da torcida pela sua entrada no time. Marcos também jogou mal. Não foi o lateral insinuante dos jogos em Pituaçu.
O campeonato ainda está no início, não chegamos ainda a 1/4 da disputa. Mas o Bahia já está em déficit de pelo menos 2 pontos para quem pensa em ascender a série A. Ano passado o Barueri, 4º colocado, subiu com 63 pontos. Em 2007 o Vitória subiu com 59 e em 2006 o América-RN subiu com 61. Se quiser subir, o Bahia precisa pensar em algo em torno de 62, 63 pontos (o Vitória em 2007 foi um "ponto fora da curva"). Isso dá uma média de mais ou menos 7 pontos a cada 12 disputados (4 jogos), ou seja, ganhar sempre em casa e empatar pelo menos 1 de cada 2 partidas fora. Nos primeiros 4 jogos o Bahia conseguiu (vitórias contra Paraná e Ceará, empate com a Portuguesa). Nos 4 seguintes, não (vitória sobre o ABC, empates contra Ipatinga e Duque de Caxias). Isso obriga o Bahia a fazer 9 pontos nos próximos 4 jogos para seguir no páreo.
A tarefa não é difícil. Basta 1 vitória fora de casa (e continuar vencendo em Salvador) para o Bahia voltar pro pelotão de frente. Os próximos 4 jogos serão contra Figueirense e Bragantino em casa (jogos difíceis) e América-RN e Campinense (lanterna) fora. Mesmo havendo um tropeço em casa, dá pra ganhar os dois fora e ficar na média. É esperar (e calcular) pra ver...
sexta-feira, 26 de junho de 2009
Adiós K9
Luxemburgo está indignado com Keirrison e seus representantes da Traffic. Alega que foi "falta de respeito" por parte deles a condução da negociação. E o Palmeiras, onde fica nessa história? Por que aceitam ser vitrine de jogadores da Traffic por tão pouco tempo? Ainda que recebam uma compensação financeira, o prejuízo esportivo acaba sendo maior. Falta de respeito é fazer isso com a torcida.
Se Keirrison dará certo no Barça? Acho que não é jogador para um time como o Barcelona, ainda mais com as boas opções de ataque que já há no elenco. Vai acabar emprestado pra um time menor.
Tomara que eu esteja errado... boa sorte a ele.
Será que Agora Vai?
O anúncio das intenções de tranformar o clube em empresa reacende a esperança dos torcedores em relação a um futuro melhor para o time de maior torcida do país. Como empresa, o sistema de gestão deverá obrigatoriamente ser mais eficiente, pois terá que gerar lucro para os proprietários e investidores. Caso a empresa seja uma S.A, essa responsabilidade sobre os resultados aumenta ainda mais, visto que os acionistas cobrarão retornos financeiros. Como ultimamente os grandes problemas enfrentados pelo clube tem cunho financeiro, estaria vencida a maior barreira para Flamengo voltar a ser um time campeão.
Yes, they can
Do lado espanhol, mais do que o desânimo pela eliminação, há a tristeza pelo fim da invencibilidade. A aura de time imbatível já não existe mais e a chance de se medir com o Brasil se foi junto. A imprensa espanhola também lamenta a indefinição do técnico Del Bosque em jogar valorizando a posse de bola (forma de jogo apelidada de "tique-taca") ou com um jogo mais vertical, buscando jogadas pelas pontas. Particularmente, o que eu acho que faltou a Espanha foi um verdadeiro teste durante a competição. E esse teste veio, mais por conta do caráter decisivo de uma semi-final, do que pelo adversário em si. O grupo frágil em que a Espanha caiu acabou prejudicando, talvez criando um excesso de confiança nos jogadores, que viram nos EUA um rival de mesmo pedigree dos anteriores (e realmente era). Não acho que o estereótipo de "amarelona" cabe nesse momento. A Espanha durante os 35 jogos em que se manteve invicta bateu gente grande: Argentina, França, Alemanha e Inglaterra, só pra citar alguns. O excelente trabalho iniciado com Aragonés e continuado por Del Bosque não pode ser julgado por uma partida infeliz.
Partida tão infeliz quanto a que Brasil teve ontem diante dos sulafricanos mas que venceu. Venceu porque os bafana-bafana possuem um time esforçado mas um ataque sofrível; venceu porque tem jogadores que podem decidir a qualquer momento mesmo num dia em que a seleção jogue mal; venceu porque tem camisa. Até os argentinos dão o braço a torcer. O Olé em sua edição de hoje publica: "Se o lateral do Barcelona não batesse a falta rente à trave de Kuhne, teria sido Luis Fabiano, Kaká ou Robinho quem faria o gol do triunfo. Ou seja, o gol chegaria por decantação. Porque quando tem que vencer, o Brasil vence. É grande. Demais. Isso de ter um mal dia e perder uma semi-final contra uma equipe revelação pode passar a uma seleção como a espanhola, com menos experiências em brigar por coisas importantes. Mas para a verde-amarela bastou o peso de sua camiseta para vencer a África do Sul por 1x0 e deixá-la pelo caminho. Assim, jogarão sua quinta final nos últimos seis torneios oficiais... ao contrário da Espanha, sempre que o Brasil vê uma semi, se garante na final" .
Esperamos que no domingo a vitória não venha só pela camisa mas também pelo bom futebol que o time de Dunga vinha demonstrando no torneio.
quarta-feira, 24 de junho de 2009
Maldita zebra
Como havia dito no último post, o futebol adora fazer nossas previsões virarem chacotas. E aconteceu mais uma vez, EUA 2x0 Espanha. A seleção que estava mais eliminada do grupo do Brasil e conseguiu a classificação graças a goleada do Brasil sobre a Itália e dela própria sobre o Egito, conseguiu mais uma vez o improvável, chegar a final.
Mas tira muito da magia que seria a final entre Brasil e Espanha. Mesmo que o Brasil perca da África do Sul, e as duas seleções forem disputar o terceiro lugar, não será a mesma coisa, pois já não serão imbatíveis. A aura de melhor seleção do mundo que teria a seleção campeã da Copa das Confederações não existirá mais. Perde o futebol, perdemos nós.
Sobre o jogo, a Espanha dominou, mas os EUA foram lutadores e seguraram bem o resultado. Aproveitou-se de suas falhas, uma de Capdevilla (acho que foi ele), que deixou o centroavante americano Altidore (ou Outdoor, que era o que eu ouvia sempre) girar em cima dele e concluir com força, tanta força que a defesa de Casillas não foi suficiente para tirar. O segundo, foi uma alta confiança de Sérgio Ramos, que dominou uma bola na área e não esperava o americano atrás dele, que chutou ao gol.
Amanhã, Brasil e África do Sul, a bruxa está a solta, mas esta derrota da Espanha deve fazer o Brasil entrar ainda mais atento. Mesmo que consigamos ganhar os dois jogos e sermos campeões, o jogo que nos mostrará a capacidade real da seleção será a seguinte, Argentina, em Buenos Aires.
terça-feira, 23 de junho de 2009
E agora, Dunga ?
Podemos notar que após um ano de 2008 cheio de derrapadas, tanto nas eliminatórias, como em amistosos e culminando com a eliminação nas Olimpíadas com um futebol fraco (apesar de ter sido com a seleção olímpica e não a principal), Dunga está conseguindo um ano de 2009 com êxitos. Na verdade, esta boa seqüência vem desde o último amistoso do ano passado, 6 x 2 contra a seleção de Portugal. Neste ano de 2009, o único jogo abaixo da crítica da seleção foi o empate com o Equador, em Quito, não pelo resultado, normalíssimo, mas sim pelo futebol (não) apresentado. No mais, vitórias nas eliminatórias, incluindo a vitória histórica por 4x0 no Uruguai, liderança isolada, e um ótimo inicio de Copa das Confederações, com três vitórias em três jogos. Os resultados estão aí. E o futebol?
domingo, 21 de junho de 2009
Segundo Tempo - Assegurando a Goleada
A defesa da Seleção Italiana não conseguia marcar com eficiência no início do segundo tempo o time brasileiro e o Brasil começa novamente a desenhar boas jogadas. Porém, aos 9 minutos, a Itália chegou num cruzamento após jogada de Dossena em cima de Maicon, forçando a saída de Julio Cesar e em seguida o Brasil respondeu com uma arrancada de Kaká e finalização de Robinho.
Aos 11 minutos Gilardino entra no lugar de Luca Toni. 3 minutos depois, após novo cruzamento de Dossena, Camoranesi finaliza sem grande perigo para o gol do Brasil. Aos 15 minutos, o Brasil havia chutado 15 vezes ao gol, contra apenas 4 finalizações da Itália, que pressiona o Brasil, mas não consegue finalizar.
A Itália voltou a dominar os rebotes, como no começo da partida, e entre 19 e 22 minutos finalizou quatro vezes com perigo, forçando defesas importantes de Julio César. Somente aos 23 minutos o Brasil voltou a ameaçar o gol italiano com um chute perigoso de Kaká.
Aos 30 minutos, a Itália chegou novamente com perigo numa saída atrapalhada de Julio César, com Felipe Melo cortando o chute de Pepe. O Brasil respondeu em um contra-ataque com finalização de Robinho.
Kleberson entrou no lugar de Gilberto Silva aos 38 minutos.
Aos 40 minutos, Kaká finalizou com perigo da entrada da área, saindo depois de desvio da defesa italiana. A essa altura Josué entrou no lugar de Ramires, desnecessariamente - aliás, desnecessária a convocação dele. Lucio saiu para atendimento médico aos 44 minutos e a Itália tentou duas finalizações para defesas de Julio Cesar.
O jogo termina aos 48 minutos com o mesmo placar do primeiro tempo, em um jogo em que o Brasil não teve problemas e a Itália se complicou na Copa das Confederações. O Brasil pega a África do Sul pelas semifinais na próxima quinta-feira, com a expectativa de enfrentar a Espanha na grande Final.
Primeiro Tempo na África do Sul
Além da bola na trave, tivemos boas oportunidades com Robinho: uma aos 10 minutos de jogo, em que ele viu Kaká chegando de trás, rolou a bola, mas o zagueiro chegou travando o chute. Aos 14 minutos, Robinho recebeu bem e chutou para a defesa de Buffon. Em seguida, Luis Fabiano entrou sozinho em lançamento, mas acabou brilhando a estrela de Buffon, que saiu com segurança tirando a bola dos pés de Fabuloso. A esta altura o Brasil já havia levado mais perigo ao gol da Itália do que o contrário.
Em lance de contra-ataque rápido da Itália aos 20 minutos, Juan cortou a bola em um carrinho, já com impedimento de Iaquinta marcado, e acabou se contundindo e aos 23 minutos deu lugar a Luizão.
Aos 27 minutos a Itália chegou assustando num chute de Camoranesi de fora da área, mas que acabou saindo por cima da trave. Aos 30 minutos o Brasil respondeu com cabeçada de Luis Fabiano após cruzamento de Maicon.
Aos 33 minutos o Brasil chegou novamente à trave da Itália após grande jogada de Lúcio e desvio do zagueiro e novamente num chute de Lúcio, após cobrança de escanteio, para defesa de Buffon. Aos 35 minutos o Brasil detinha 54% da posse de bola.
Em uma bola espirrada de um chute de Maicon, Luis Fabiano finalizou sem chances para Buffon aos 37 minutos. O lance gerou uma dúvida em relação à posição de Luis Fabiano, mas não houve impedimento e o gol foi confirmado pelo árbitro.
Após jogada de Robinho e Kaká, Luis Fabiano apareceu de trás para finalizar sem chances para Buffon, aos 42 minutos. Logo em seguida, aos 44 minutos, em cruzamento de Robinho para Ramires, o zagueiro Dossena cortou a bola para dentro do gol, matando Buffon que havia saída para cortar o cruzamento.
Assim, o primeiro tempo do jogo, que começou com a Itália querendo pressionar no ataque, transformou-se em uma belíssima apresentação da Seleção Brasileira, terminando em 3 a 0.
sexta-feira, 19 de junho de 2009
Certezas e uma dúvida
As certezas.
Ramires não pode ver Elano jogar de titular. Nunca. Na verdade, Elano é, no máximo, um reserva com muitas ressalvas.Na minha opinião, até Julio Baptista renderia mais naquela posição, ou até mesmo Daniel Alves, onde ele jogou na final na Copa América contra a Argentina. Ramires não é o maior craque que a seleção já viu, mas a entrega e velocidade dele fizeram muito bem à seleção.
André Santos não jogou o que sabe. Talvez nunca jogue na seleção com a qualidade que joga no Corinthians, isso acontece com vários jogadores. Mas a bola que ele jogou foi muito melhor que Kleber. Hoje, na minha opinião, as melhores opções pra lateral esquerda são André Santos e Marcelo do Real Madrid. Acho que Dunga deve apostar nesta linha.
Felipe Melo continua a fazer o feijão com arroz dele muito bem. Sabe marcar e sabe jogar. Ele e Anderson seria uma boa dupla e gostaria muito de ver mesmo Anderson jogando com o Ramires, ia ser uma ótima movimentação pra seleção.
Miranda já tem o seu lugar, apesar de não ter tido muito trabalho mostrou serviço para estar neste grupo. Estou a espera de Tiago Silva, que deve começar a jogar no Milan esta temporada.
A dúvida.
Maicon ou Dani Alves. O primeiro é força e velocidade. O segundo, muito mais técnica. Já estão pensando em deslocar um para a lateral esquerda, mas acho um despropósito. Acho que para Daniel jogar a cobertura deve ser corrigida, pois ele não tem a capacidade de recomposição de Maicon. Quem sabe a posição dele possa ser a de
quinta-feira, 18 de junho de 2009
Pimenta nos olhos dos outros...
...
Luiz Gonzaga Belluzzo, presidente do clube, disse que vai fazer um protesto formal contra o trio que comandou a partida das quartas-de-final do Torneio sul-americano. O Alviverde enviará o documento para Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que o repassará Confederação Sul-americana de Futebol (Conmebol), responsável pela organização da competição.
-O Palmeiras vai fazer um protesto formal contra a arbitragem do Carlos Vera. Não podemos aceitar o que aconteceu, ainda mais em se tratando de uma partida que valia classificação para uma fase importante de Copa Libertadores. Fomos superiores, mas prejudicados diretamente na bola - afirmou o mandatário.
Sobre os lances, Marcos disse que poderiam ter mudado o resultado do jogo e que se fosse um árbitro mais experiente teria assinalado a infração.
-Não é desculpa, mas foram dois pênaltis que poderia ter mudado o resultado do jogo e a classificação. De repente, um árbitro com mais bagagem marcaria em um dos lances. É triste o que aconteceu, mas agora é esquecer - declarou o goleiro."
Quero ver quando vou ler manchetes do tipo:
"Palmeiras fará protesto contra as arbitragens no Parque Antártica, após as vitórias sobre o Vitória da Bahia, com um gol dos baianos incorretamente anulado, e sobre o Cruzeiro, com um gol irregular do zagueiro Marcão. O goleiro Marcos implora pela suspensão dos árbitros desses jogos bem como a repetição dessas duas partidas. Pelo bem do esporte."
É muita cara-de-pau...
Itália em apuros... como sempre.
É interessante o que ocorre com a seleção italiana. Pode não ter uma seleção brilhante mas sempre possui times competitivos. E, mesmo assim, sempre se complica nas fases iniciais dos torneios que disputa. Com exceção da Copa de 90, quando foram semi-finalistas (e também país-sede), e da Euro 2000 quando foram finalistas (100% na primeira fase), os italianos sempre passaram aperto. Em 94 estrearam perdendo pra Irlanda e passou de fase como 3ª colocada (naquela copa os 4 melhores terceiros colocados passavam de fase). Em 98, passou em 1ª do grupo mas empatou com o Chile na primeira fase. Em 2002 se classificou após um "jogo de compadres" com o México, para deixar a Croácia de fora. Em 2006 empatou com os Estados Unidos. Na Eurocopa também não é diferente. Em 92 não participou (eram apenas 8 equipes). Em 96 e 2004 caiu na primeira fase. Em 2008 passou como segunda colocada. E agora, pra não fugir às tradições, perde para o Egito. Está provado que os egípcios não são "galinha morta", o Brasil sabe muito bem disso. Mas não é time pra deixar a Itália de fora.
Ao mesmo tempo em que possui essa facilidade de deixar pontos contra times mais frágeis, os italianos costumar crescer nas fases seguintes, sempre fazendo jogos duríssimos. Em 94 tiraram a Nigéria, a invicta Espanha, a Bulgária (que havia tirado a Alemanha da Copa) até perder nos pênaltis pro Brasil. Em 98 saiu pra França (campeã) nos pênaltis. Em 2002 saíram nas oitavas num jogo polêmico contra a Coréia, é verdade, mas foram campeões em 2006 deixando a anfitriã Alemanha pelo caminho. Na Euro 2008, foram eliminados nos pênaltis para a campeã Espanha.
Particularmente, prefiro que os italianos fiquem de fora das semis, pois seria uma forma de "garantir", uma final Brasil x Espanha, jogo que todos querem ver. Como já haverá um jogaço Brasil x Itália no próximo domingo, seria bom para o time de Dunga passar por 2 bons, e diferentes, testes visando a copa do ano que vem. Caso os italianos passem, seria improvável mas não seria surpresa se eles eliminassem os espanhóis. E aí teríamos outro Brasil x Itália numa final com gosto de deja vú.
Pra não ficar em cima do muro, dou meus palpites:
Grupo A: Espanha e África do Sul. Espanha não quer mais nada com a vida, a África se contenta em ser segunda do grupo. Resumindo: jogo de compadres.
Grupo B: Itália passa. Ainda estão em 2º no grupo (devido ao saldo de gols) e se classificam se conseguirem o mesmo resultado dos egípcios. Os americanos irão aprontar pra cima do Egito, empate lá, empate cá e classificação suada... como sempre.
BRASIL X ESPANHA
Quem gosta um pouquinho de Futebol, de vez em quando (entenda “todo santo dia”), entra em uns 500 sites estrangeiros especializados em esporte só pra dá um saque nas noticias. E sempre que tem jogo do Brasil, nos principais sites espanhóis, as notícias sobre a canarinha são repletas de comentários. Os afcionados da fúria, em boa fase, arrotam superioridade e dizem que “agora vai”. Em meio aos comentários locais, aparecem um monte de mensagens em péssimo portuñol alá Luxa de épocas merengues. São uns brasileiros chatos (Quem são esses caras???) que ficam contestando e enfiando na cara dos “chicos” o Pentacampeonato brasileiro. Pois bem, vamos analisar peça por peça e apimentar essa discussão.
1) Julio Cesar x Casilas – No momento, Gol do Brasil – Brasil 1 x 0 Espanha
2) Daniel Alves x Sergio Ramos – Belo gol do Brasil – Brasil 2 x 0 Espanha
3) Lucio x Puyol – Na moral, gol do Brasil – Brasil 3 x 0 Espanha
4) Juan x Piqué – Prefiro o Juan. – Brasil 4 x 0 Espanha – Tá pintando goleada.
6) Kleber x Capdevila – Na boa, aí foi 0 a 0, nada pra ninguém.
5) Gilberto Silva x Xabi Alonso – Golaço da Espanha – Brasil 4 x 1 Espanha
7) Felipe Melo x Xabi – Gol Espanha de bicicleta depois de um banho de cuia– 4 x 2
8) Elano x Fábregas – PQP, só gol de placa pra Espanha – 4 x 3 ainda pro Brasil.
10) Kaká x Silva ou Iniesta – Aí deu Brasil, é gol! – Brasil 5 x 3 Espanha.
11) Robinho x David Villa – Vamos dá uma chance pro Robinho – Empate.
09) Luis Fabiano x Fernando Torres – Fabuloso é bom, mas perde feio – 5 x 4.
12) Dunga x Del Bosque – Champions league x nada – Espanha empatou – 5 x 5.
Conclusão:
Apesar do empate, o Brasil perde feio do meio pra frente e quem faz gol é o ataque.
Ééé amigo, haja coração!!
quarta-feira, 17 de junho de 2009
A SELEÇÃO E A COPA.
O inicio da Copa das Confederações na África do Sul, palco da copa do mundo do próximo ano, cada vez mais próxima (não podia ser diferente), me faz refletir sobre minha relação com a nossa seleção. É incrível como as pessoas conseguem ficar a parte dos jogos do Brasil. Não sei se sou eu um entusiasta por este esporte e acabo cobrando a mesma emoção nos outros, mas, para mim, basta aquela musiquinha da FIFA antes do inicio dos jogos que já sinto clima de Copa do Mundo.
Sabe a música? “PãmPãmPârãmpã..Pãããm Pâm Pãm.....” quem sabe vai lê direitinho com a melodia na cabeça. Ela já arrepia!
Pois é, Copa do Mundo é diferente, é pura fantasia. São vinte e alguns dias grudados na TV, nas noticias, no dia a dia dos principais favoritos. É mágico mesmo com as cabeçadas e as arrumadas de meias bisonhas que vez em quando acontecem. São momentos que marcam e ficam. Quem não lembra?
- A largada de Bola de Oliver Kham!!!
- A cotovelada de Leonardo, NOCAUTE.
- Bebeto dizendo a Romário: “eu te amo”. E você nem desconfiou dele porque você também amava. (amava sim machão, não venha com esse papo pra mim não).
- A falha de Pumpido.
- O gol clássico de cabeça do carequinha Letchcov (sei lá se é assim).
- O cabeludo Canigia driblando o velho Taffa.
- Roger Millá tomando a bola do Higuita
Lances não faltam e não faltarão. É por isso que aguardo com ansiedade 2010 e assisto a Copa das Confederações como um bom aperitivo. Sorte para a seleção de Dunga e sorte para a Espanha, afinal de contas, vem jogando um bolão e é isso que vale.
Ah!, e sorte pra Joel também, tomara que a África do Sul tenha um Raudinei pra salvar a vida dele nos últimos minutos.
(Texto de Rafael Cartaxo)
O Brasil de Dunga - outra perspectiva
A ida de Dunga para a seleção foi uma jogada da CBF de seguir a tendência de grandes seleções em colocar jogadores de passagem marcante pela seleção como treinadores de primeira viagem, como aconteceu com a Alemanha de Klinsmann e com a Itália de Donadoni. O primeiro com relativo sucesso, pois pegou um time desacreditado e fez um bom trabalho na Copa, apesar de não ter ganho dentro de seu próprio país, e o segundo, pegou um time campeão mundial e não conseguiu render o esperado, caindo do cargo precocemente. A Argentina também está seguindo este caminho atualmente com Maradona, com um início preocupante.
É interessante citar estas quatro seleções, pois são as grandes vencedoras do futebol mundial, são 14 títulos mundiais e grandes forças, sempre favoritas. Porque apostar em treinadores inexperientes mas carismáticos para treinar estas seleções?
Primeiro, é a aposta que a camisa vence independente de qualquer coisa. Qualquer pessoa pode fazer uma seleção brasileira vencer a seleção venezuelana (caiu o primeiro mito - Brasil 0 x 2 Venezuela, em 06/06/2008).
Segundo, é a constatação que não existe tempo para treinar as seleções. Exceto em torneios de curto prazo, como as copas continentais, as seleções passam pouco tempo juntas e, quase nunca treinando. Neste caso, o papel do treinador passa a ser muito mais de psicólogo e amigo dos jogadores do que de estrategista. Talvez por isso, Klinsmann tenha ido tão bem na seleção alemã mas foi uma decepção quando treinou o gigante Bayern de Munique.
Terceiro, é que, geralmente, a aposta tem tempo para dar errado e ser corrigida, como Donadoni foi retirado do comando da Itália e Marcello Lippi reassumiu com tempo de arrumar a seleção italiana para a Copa.
Quarto, e talvez o mais importante, é que como é uma grande oportunidade para estes novos treinadores, eles estão muito mais sujeitos a ingerências de patrocinadores ou dos próprios presidentes de confederações, como foi o caso de Dunga com a convocação de Ronaldinho Gaúcho para as Olimpíadas, anunciada por Ricardo Teixeira.
Bem, postos estes motivos, vamos analisar o trabalho de Dunga.
Nos números é incontestável. Líder isolado da Eliminatórias, com diferença de 1 ponto para o segundo colocado (Chile) e de 5 para quem vale mesmo (Argentina). 73,3% de aproveitamento com 26 vitórias e 10 empates em 40 jogos. Campeão da Copa América com um 3x0 sobre a Argentina na final. O tropeço foi somente durante a Olimpíada, mas ele pode alegar que não fez menos que nenhum outro treinador, pois a medalha de ouro até hoje não existe na galeria de troféus da CBF.
Na parte tática a seleção de Dunga ainda gera controvérsias. É uma seleção compacta que joga em contra-ataques, não tem uma variação tática suficiente para quebrar retrancas adversárias, como aconteceu dentro de casa nos empates sobre Bolívia e Colômbia, após vitórias irretocáveis sobre Chile e Venezuela fora de casa. Alegam que o Brasil não tem mais o "jogo bonito", mas seria culpa de Dunga, ou da qualidade dos nossos jogadores ? Temos hoje somente um jogador tecnicamente acima da média e regular, Kaká. Robinho, que poderia ser o segundo, vive momentos de altos e baixos, dentro e fora da seleção. Então, estaria Dunga errado de armar o Brasil de forma compacta ? Os resultados estão aí.
Dunga foi contratado com a promessa de renovação da seleção, e fez isto em certo nível. Na lateral direita, ele encontrou Maicon e Daniel Alves. Não creio que alguém ache Maicon melhor tecnicamente do que Dani Alves, mas que o último deixa muitos mais vazios na defesa que o primeiro também é claro. Uma cobertura mais eficiente e teremos o serviço de um dos melhores laterais da atualidade. A defesa se manteve até hoje e não está dando motivos para mudança (sem contar o jogo contra o Egito), ainda acho que Tiago Silva, se jogar no Milan o que jogou no Fluminense é forte candidato a Copa, nem que seja na reserva. Miranda também. A lateral esquerda até hoje é o grande calo de Dunga, vários testes (Kleber, Juan, Richarlyson, Marcelo,...) e nenhuma aprovação. A bola da vez é André Santos, será que vai cair também na maldição de Roberto Carlos ? Para os volantes, duas ideias conflitantes, a experiência de Gilberto Silva, e a aposta em Felipe Melo. O primeiro não é mais o jogador da Copa de 2002, e está jogando no "galático" futebol grego, mas ainda não comprometeu e é um líder dentro de campo. Apesar disso, é uma preocupação para a Copa do Mundo, apostaria em Anderson, do Manchester United. Felipe Melo me surpreendeu quando Dunga o escalou contra a Itália, jogou bem tanto na defesa quanto no ataque, caiu um pouco o futebol nos últimos jogos, mas continuo achando que é uma boa aposta. Já Elano não aprovou, nem na seleção, nem no Manchester City. Apesar de ter sido um grande crítico dele, o Júlio Baptista hoje seria mais útil a seleção que Elano, apesar que jogar em uma posição diferente hoje no Roma. O trio de ataque é o que temos de melhor mesmo, Kaká, Robinho e Luís Fabiano estão fazendo os gols e são confiáveis. Não preciso nem falar de Júlio César, o melhor do mundo da posição na opinião de Buffon, quem sou eu para discordar ?
Esta é a seleção de Dunga, que parte pro seu segundo torneio de tiro curto, a Copa das Confederações (não conto as Olimpíadas) e é mais um teste para esta seleção até a Copa. Lembrando que após esta Copa, o Brasil pode confirmar sua classificação para a Copa, jogando contra a Argentina em Buenos Aires, mas como depende, além desta vitória, de outros resultados, o mais provável será classificarmos contra o Chile, em Salvador.
terça-feira, 16 de junho de 2009
Dá ou não dá?
Não dá!
E o Tetra da Libertadores?
Também não dá.
Palmeiras - Ganhar do Vitória com gol rubro-negro não validado, ganhar do Cruzeiro com gol irregular... será que dá pra ganhar do Nacional, no Uruguai, assim também?
Dá. E pelo visto, só assim mesmo!
Flamengo - Adriano não treina nada, Bruno não pega nada, Pet não joga mais nada. Dá pra culpar o Cuca?
Não dá!
Atlético-MG - Líder, invicto. Dá pra ser campeão brasileiro?
Não, não dá.
Bahia - Dá pra subir?
Dá... se Joãzinho entrar em forma e Gallo não inventar.
E com Lima no ataque?
Aí não dá!
Vitória - 4º colocado no Brasileiro. Dá pra classificar pra Libertadores?
Não dá.
E Sulamericana?
Se Roger não jogar, dá.
Brasil - Dá pra ir à Copa sem um lateral esquerdo confiável?
Definitivamente, não dá!
Será que não dá pra improvisar um dos bons laterais direitos que o Brasil tem?
Sei lá! Tenta lá, Dunga!
Itália - Rossi nasceu nos Estados Unidos, morou lá até os 12 anos e só jogou profissionalmente na Itália por apenas 6 meses (hoje joga no Villareal da Espanha). Fez 2 gols nos norte-americanos e comemorou como se fosse final de Copa. Dá pra imaginar alguém mais traíra?
Dá!
Quem?
Ronaldo! Jogou no Barça, depois foi pro Real. Jogou na Internazionale - que curou a lesão do joelho dele, pagou o salário dele por 2 anos em que ele não jogou - e depois no Milan. Treinou no Flamengo e assinou com o Corinthians. Mesmo sendo flamenguista...
Real Madrid - Pagar 94 milhões em C. Ronaldo? Dá! 65 milhões em Kaká? Também dá! Dá pra reclamar agora porque o Valência está endurecendo o jogo por Villa?
Não dá.
E reclamar porque ninguém quer pagar em Robben e Sneijder o que o Real acha que eles valem?
Também não dá.
Torcida da Juventus - Dá pra culpá-los por não querer de volta um jogador (Cannavaro) que abandonou o time pra ir pro Real quando a Juve caiu pra Série B e está retornando agora, depois que o clube está na Série A e Champions League?
Não dá.
Lakers - 15º título da NBA, 10º de Phil Jackson. Dá pra dizer que esse Lakers é melhor que os Bulls de Phil?
Ainda não dá.
E dá pra esquecer o que LeBron James jogou na temporada regular e nos play-offs anteriores à final da conferência leste?
Também não dá.
Destaques da Semana
Amanhã, teremos o primeiro jogo da final da Copa do Brasil, entre Corinthians e Internacional, jogo que promete ser bom, devido ao desempenho das duas equipes ao longo do ano. Na primeira partida, o Corinthians leva vantagem tanto por jogar em casa, quanto pelos desfalques importantes do clube gaúcho. Portanto, o Corithians deve entrar com força total para conseguir tranqüilidade no jogo de volta. Ao Inter resta confiar nos substitutos e tentar conseguir um bom resultado para que o jogo em casa não fique complicado.
Ainda na quarta-feira, teremos duas partidas pela Taça Libertadores da América. O Palmeira pega o Nacional do Uruguai em Montevidéu, enquanto o Grêmio recebe o Caracas em casa. Em São Paulo, teremos o embate entre dois clubes Brasileiros: o tricolor paulista enfrenta o Cruzeiro no Morumbi. Considerando os resultados dos jogos de ida (ver tabela abaixo), a situação para a próxima rodada permance bastante em aberto. O Cruzeiro tem que garantir um empate contra o São Paulo ou uma derrota por um gol de diferença, desde que marque dois gols pelo menos; Palmeiras tem que vencer fora ou conseguir um empate com mais de 2 gols para cada time e ao Grêmio basta um empate em zero a zero ou uma vitória simples.
Seguem abaixo palpites do colunista que vos escreve para os jogos desta quarta-feira:
domingo, 14 de junho de 2009
Copa das Confederações
E pelo menos na confecção da tabela, os sul-africanos se mostraram bastante inteligentes. O grupo A é composto pela embaladíssima Espanha, campeã européia, e das "babas" África do Sul, Iraque e Nova Zelândia. No grupo B, os tradicionais Brasil e Itália, além de Estados Unidos e Egito. Fica clara a intenção dos organizadores de colocar os donos da casa nas semi-finais do torneio. Resta saber se eles terão competência para isso.
A África do Sul, treinada pelo fanfarrão Joel Santana (aquele mesmo que treinou o Flamengo no vexame histórico causado pelo gordinho Cabañas), começou com um empate insosso contra o Iraque. Não sei de quem eu tenho mais pena, se dele ou do time que ele treina.
A Espanha, confirmando as expectativas, triturou a Nova Zelândia: 5x0, com 3 de Torres, 1 de Villa e outro de Fábregas. Não fez mais do que a obrigação, é verdade. Mas a facilidade com que a Espanha tem feito a "obrigação" nos seus últimos jogos impressiona. Invicta há 33 jogos (a apenas 2 de igualar o recorde do Brasil) e com 13 vitórias consecutivas, terá a chance nesse torneio de ratificar que a fama de "amarelona" ficou realmente pra trás com a conquista da Eurocopa. Um provável confronto com o Brasil pode ser o que falta a equipe de Del Bosque para chegar em 2010 como "A" favorita para a conquista do mundial.
E o Brasil de Dunga? Estréia amanhã contra o Egito, procurando manter a sequência de vitórias (e bons jogos) obtida nas eliminatórias. Se para a Espanha a Copa das Confederações começa apenas nas semi-finais, para o Brasil começa um pouco antes, no próximo domingo, quando enfrenta a Itália.
E para os supersticiosos, fica o alerta: nenhuma seleção que venceu a Copa das Confederações conseguiu repetir o êxito no mundial do ano seguinte. O Brasil chegou perto em 98 quando foi finalista do mundial após ter vencido a Austrália em 97. Se continuar dando essa lógica, tomara que os espanhóis levem essa copinha pra casa.
sábado, 13 de junho de 2009
Crônica de uma Final Anunciada
Após quase seis meses, chegamos àquela final que, desde o início, todos apostavam: Corinthians e Internacional. E não foi a toa.
Nos últimos anos, após a retirada dos times que disputam Libertadores da Copa do Brasil, poucos times com estrutura permanecem para disputar a Copa BR, este ano, além dos finalistas poderíamos destacar o Santos, o Fluminense e o Flamengo, que poderiam chegar, mas nunca foram tão favoritos quanto os finalistas.
O Corinthians vem de um ano de 2008 na Segunda Divisão, no qual ele se estruturou bem sobre a chancela de Mano Menezes, e pôde, graças a sua colocação sempre privilegiada de primeiro colocado, passar seis meses tranqüilos com sua torcida. Sem a pressão característica, Mano Menezes pôde arrumar o time do Corinthians e chegou em 2009 “nos cascos”. O grande forte do time corintiano é sua defesa, sólida e com poucas falhas. A barreira formada por Elias e Cristian, além de bloquear bem os ataques adversários, permite a saída de bola com qualidade. A defesa formada por Chicão e William, além dos laterais Alessandro e André Santos (grande destaque deste ano corintiano e justamente convocado para a Seleção), é tranqüila e séria, sem passar grandes sustos para Felipe, que quando é solicitado está dando conta do recado.
Este bloco corintiano, que está formado desde 2008, permite que o time não tenha um setor criativo tão regular. Douglas é muito instável e seu companheiro está indefinido, já foi Morais, Boquita e, mais atualmente, só Douglas com três atacantes.
No ataque corintiano, Dentinho é a grande revelação, enquanto todos apostavam em Lulinha, Dentinho chegou, conquistou seu lugar e é titular absoluto de Mano. Jorge Henrique é o jogador para “cumprir o papel do treinador”, se desloca, volta para marcar, e se deixar, deixa seu golzinho. E Ronaldo.
Acho que não preciso falar nada de Ronaldo pois tudo já foi dito, de gordo a craque. Mas ele decide, não é mais o mesmo do Barcelona, talvez nem o do Milan, mas é decisivo. Foi a peça que faltava para balancear a sólida defesa corintiana com um risco constante no ataque.
O Internacional é tido por muitos, inclusive por mim, como o melhor time do Brasil no papel. Já foi melhor no ano passado com Alex, mas não conseguiu encaixar no Brasileirão. Foi campeão gaúcho incontestavelmente em 2009, e chama atenção principalmente pelo ataque formado por D´Alessandro, Nilmar e Taison. Taison, inclusive, é um dos artilheiros do ano no Brasil.
Assim como o Corinthians, o time do Internacional está formado há algum tempo, mas algumas peças sempre mudam, a saída de Alex pesou muito, e a chegada de Kleber (na minha opinião supervalorizado) não teve o ganho de qualidade na lateral que o Inter pretendia, mas mesmo assim é um timaço. Lauro é um excelente goleiro, os laterais Bolivar e Kleber são seguros, a zaga formada por Alvaro e Indio muito difícil de ser transposta e dois dos volantes mais habilidosos do futebol brasileiro, o argentino Guiñazu e Magrão (que também joga de terceiro homem). Um elenco completo inclusive na reserva com jogadores futurosos como Giuliano e Danny Morais e jogadores rodados com Alecsandro e Andrezinho, que entram e fazem a diferença. Todos sob a batuta de Tite, que já foi campeão da Copa do Brasil pelo Grêmio contra o Corinthians em 2001.
Apesar de tantos jogadores de qualidade o Inter penou muito mais que o Corintians para chegar nesta final de Copa do Brasil. Encontrou dificuldade já na primeira fase com o modesto União-MT, que ganhou por 1x0 o primeiro jogo, e ainda dificultou o primeiro tempo no Beira-Rio. No fim Inter 2x0 com dois gols no segundo tempo e classificação garantida. Contra o Flamengo nas quartas também o Inter foi mal, jogou muito mal o primeiro jogo, e não perdeu por um milagre (final 0x0), no segundo, empate de 1x1 classificando o Flamengo até próximo do fim, e o Inter faz um golaço de falta. A semi contra o Coxa também foi difícil, apesar da vitória aparentemente tranqüila no primeiro jogo por 3x1, o Coxa fez 1x0 e faltou pouco para desclassificar o Inter.
O Corinthians não passou muitos sustos, o maior foi no segundo jogo contra o Vasco, depois de um empate injusto no Maracanã onde o Corinthians merecia a vitória, o Vasco foi superior em São Paulo, mas a defesa corintiana mais uma vez se mostrou sólida, e o resultado foi 0x0. O Corinthians chega a final, após passar por Itumbiara, Misto, Atlético-PR, Fluminense e Vasco, com uma derrota na bagagem, justamente no seu pior jogo do ano, 3x2 contra o Atlético na Baixada, onde perdia por 3x0 até os 40 do segundo tempo.
O primeiro jogo está marcado para esta quarta em São Paulo, mais desfalques para o Inter – Nilmar e Kleber na Seleção e D´Alessandro (ainda tem chances de jogar, mas poucas) contundido, o Corinthians vem desfalcado de seu jogador mais regular o lateral André Santos, também na Seleção.
Vai ser um embate entre uma defesa sólida e um ataque insinuante e a expectativa de dois grandes jogos.
sexta-feira, 12 de junho de 2009
A nova galáxia merengue
Em uma época de crise mundial tão profunda, soa até imoral negociações desse quilate. Será?
A primeira geração galática, com Figo, Zidane, Ronaldo e Beckham, não se mostrou um total fracasso esportivo. Da temporada 2000-2001 (chegada de Figo) a 2006-2007 (saída de Ronaldo e Beckham) foram 3 títulos espanhóis, 2 Supercopas da Espanha, 1 Liga dos Campeões da Europa, 1 Mundial de Clubes e 1 Supercopa Européia. Devido à indisciplina e vaidades próprias de um vestiário desse quilate, esse modelo não se mostrou esportivamente sustentável e sucumbiu após 3 anos de jejum de títulos.
Entretanto, do ponto de vista econômico, a galáxia madrileña foi um sucesso. Excursões milhonárias, amistosos a preço de ouro, milhões de euros ganhos em publicidade, direitos de imagem dos jogadores, entre outros. Estima-se que só David Beckham trouxe aos cofres do Real algo em torno de €500 milhões de euros (ele custou pouco mais de €40 milhões). Fica evidente que craques desse calibre podem não ser sinônimo de resultados dentro de campo mas, indubtavelmente, são um sucesso fora dele.
Alguns fatores contribuem para o Real Madrid conseguir tantos craques, além, é claro, da conta corrente polpuda:
- A aura de time dos sonhos que ele possui.
Maior vencedor do século XX, é a "menina dos olhos" de 10 entre 10 boleiros.
- Madri é uma excelente cidade, sob todos os aspectos.
Para jogadores jovens, então, é uma festa. Cristiano Ronaldo não deve ter pensado muito para querer trocar a fria e cinzenta Manchester por Madri.
- O regime fiscal da Espanha é bem menos voraz que o de outros países.
Na Itália, um salário de €1 milhão a um jogador, custa €2 milhões ao clube. Na Espanha, "apenas" €1,5 milhão. Isso mostra que não foi tão difícil oferecer a Kaká uma proposta mais tentadora do que o que ele recebia no Milan. Um clube tão grande quanto o Real, porém que não tem estádio próprio e que fatura pouco mais da metade do Real (palavras do diretor geral Adriano Galliani).
- O prestígio de Florentino Perez.
5ª maior fortuna da Espanha, Florentino é responsável por 5 das 10 maiores contratações da história do futebol (Cristiano, Zidane, Kaká, Figo e Ronaldo). Bastante influente na capital espanhola, é dono da construtora responsável pela urbanização da área ocupada anteriormente pela Ciudad Deportiva, complexo que pertencia ao Real no início da década e que foi vendido à prefeitura. Coincidência, não?
Não se pode ser hipócrita ao ponto de afimar que futebol é apenas bola na rede. Futebol também é negócio e deve ser encarado como tal. Os clubes devem procurar aliar bons resultados dentro de campo à estratégias comerciais que o permitam ser econômicamente rentáveis, independentemente do que venha a ocorrer dentro de campo.
Não muito longe de Madri, o seu eterno rival Barcelona apenas observa discretamente o mercado de transferências. Uma sondagem com Ibrahimovic aqui... e só. Também não há motivos para loucuras. Após conquistar o triplete na última temporada, façanha inédita pra um clube espanhol, o Barcelona já tem um base excelente à sua disposição e, o que é melhor, com jogadores que não custaram nada ao clube. Do time campeão europeu, 7 jogadores titulares na final foram formados em casa: Valdés, Puyol, Piqué, Busquets, Xavi, Iniesta e Messi. Está mais que provada, portanto, a importância das divisões de base, e que é bem mais barato montar um time campeão fazendo craques em casa do que arrancando-os de outros clubes.
Enfim, o Real precisava dar uma resposta à tríplice coroa do Barça e já começou a agir. São 5 anos de fracasso europeu (sempre queda nas oitavas da Champions) que precisam ser apagados da memória de seus torcedores. Vamos ver se o novo "Floren Team" será capaz de fazê-lo.
O Brasil de Dunga
Ontem assitimos a mais uma vitória da Seleção Brasileira sob o comando de Dunga. Muito contestado no começo, principalmente por sua postura diante dos jornalistas e das críticas, conseguiu se manter no cargo e, ao que parece, estabelecer uma boa relação com os jogadores. Como nenhuma escalação é unânime, basta um jogo mais ou menos em desempenho, mesmo com vitória, para se levantar dúvidas sobre quem foi convocado e quem deixou de ser. O que o treinador tem passado de bom é a tendência de manter uma base, mesmo muito conservadora, que tem permitido ao longo desse período um maior entrosamento entre os jogadores. Do que vimos ontem contra o Paraguai, creio que pode haver mudanças baseadas em redimento individual, mas não em relação a postura tática do time. Será sempre um time com base defensiva, mas com jogadores com capacidade de ataque muito boas.
Assistindo ao jogo de ontem, pude consolidar algumas opniões pessoais a respeito de alguns jogadores, que enumerarei a seguir:
1. Daniel Alves: A escalação do lateral direito deu ao time um poder ofensivo muito maior do que a escalação de Maicon, que sobra em vontade, mas peca no acabamento das jogadas. Em um time com uma base defensiva composta de 2 zagueiros, 2 cabeças de área e 1 meia posicionado mais defensivamente, liberar os laterais dá muita versatilidade ao ataque do time e ainda mais com um lateral que cruza e chuta melhor. Ganhamos até um batedor de falta, que estava em falta (desculpem-me pelo trocadilho) desde a saida de Ronaldinho Gaúcho.
2. Kléber: Continuando pelas laterais, ainda não senti firmeza em nenhuma das atuações de Kléber e me pergunto sempre se é mesmo a melhor opção para a lateral esquerda. Durante muito tempo estivemos acostumados às grandes atuações de Roberto Carlos, mesmo tendo sido bode expiatório em derrotas importantes da seleção, sempre apoiando muito bem ao ataque. Com a estrutura defensiva citada anteriormente, talvez valesse apostar mesmo em um lateral que apoie com mais qualidade. Talvez Marcelo do Real Madrid.
3. Elano: Jogador preferido de Dunga para a posição em que atua ainda não conseguiu estabelecer regularidade na seleção, talvez por também não a conseguir no Manchester City. Vem realizando partidas brilhantes e outras com atuações extremamente apagas - e não só pelo gol contra de ontem.
4. Ramires: Em contrapartida à atuação de Elano, gostei muito do pouco tempo em que Ramires ficou em campo. Uma boa estreia e, como se trata de um jogador jovem, que tenha um grande futuro na seleção brasileira, se conseguir manter regularidade. Seria uma excelente alternativa às atuações irregulares de anterior.
5. Nilmar: Titular ao lado de Robinho, mostrou a grande fase que atravessa, apresentando habilidade e poder de decisão. Aparece mais uma boa opção para o ataque da Seleção e que (ainda) joga no país.
O jogo de ontem foi bom para observar o comportamento do time diante de uma seleção como a do Paraguai, que está com futebol organizado e com bons jogadores, tendo um grande poder ofensivo, além de sua tradicional força defensiva. Depois de vir de uma goleada contra o Uruguai fora de casa e com o retrospecto recente de atuações regulares e fracas dentro de casa, vencer em Recife foi muito importante para a classificação nas eliminatórias e para o moral do time, mesmo que não tenha feito uma partida brilhante, como sempre esperamos da Seleção Brasileira.
Texto de Carlos Henrique
quarta-feira, 10 de junho de 2009
Estreia
Este o começo de um grande sonho que está por se realizar. A Seleção de blogueiros está só esquentando, mas vai dar muito o que falar.