segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Entre Tapas e Beijos

A relação time-torcida é sempre uma variável que depende estreitamente do desempenho do time. Salvo exceções, como a torcida do Bahia, que apoia o time sempre, seja qual for a série em que o time estiver jogando. No caso de outros grandes clubes brasileiros, nos acostumamos, por exemplo, a ver a torcida do Corinthians protestar, invadir sede, dentre outros atos, até que houve uma mudança drástica na diretoria. Foi como se o limite de paciência da torcida tivesse chegado ao fim, depois de tantos embates, e isso tivesse de alguma forma afetado a direção do clube.

Eu sempre digo que a torcida do Flamengo deveria ser mais veemente em sua cobranças em relação ao time, que não ganha um Brasileiro desde 1992 e uma Libertadores desde 1981 - eu nem era nascido. Vimos desde o ano passado um pequeno esboço de cobrança, com a faixa "Brasileiro é Obrigação" e " Respeitem a Nação". Entretanto, basta qualquer resultado positivo para que a torcida, ou pelo menos grande parte dela, volte a cantar e ficar feliz, parecendo se contentar com pouco. Esse clima de altos e baixos e de redenção com baixo esforço parece ter tomado conta de parte do elenco a ponto de um jogador como Leonardo Moura achar que tem o direito de xingar e se exaltar ao fazer um gol de empate contra o Náutico - até então lanterna da competição - dentro de casa.

Acredito que jogadores que deixaram duas classificações em Libertadores escaparem vergonhosamente, não tenham direito de se manifestar até que consigam algum título além de campeonato carioca. Brasileiro é sim obrigação. Talvez esse time não tenha competência para tanto, mas que pelo menos deixem claro para quem paga para ir ao estádio que estão tentando fazer o melhor dentro de campo. Se não quiser ouvir vaias, é muito simples: jogue bem.

Um comentário:

IGOR PESSÔA disse...

cadê o layout novo??? Jogue duro!!!